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IGP-M avança 1,24% em março, depois de queda de 0,04% em fevereiro, revela FGV

Thaís Barcellos e Cícero Cotrim

São Paulo

30/03/2020 08h45

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 1,24% em março, acelerando significativamente em relação à taxa negativa de 0,04% em fevereiro, informou nesta segunda-feira (30) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou acima da mediana de 1,16% da pesquisa do Projeções Broadcast, mas dentro do intervalo de 0,77% a 1,46%.

No ano, o indicador acumula alta de 1,69%, enquanto em 12 meses o avanço é de 6,81%. Nesse caso, o resultado também superou a mediana de 6,73%, mas dentro do intervalo de 0,77% a 7,05%.

A aceleração do IGP-M em março é explicada quase que totalmente pelo aumento forte do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que passou de -0,19% em fevereiro para 1,76% neste mês. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) arrefeceu de 0,21% para 0,12%, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) variou de 0,35% para 0,38%.

IPAs

No mês, a inflação de produtos agropecuários e industriais ganharam tração. O IPA agropecuário subiu 3,90%, de 0,45% em fevereiro, enquanto o IPA industrial avançou 1,01%, depois de recuar 0,41% no mês anterior.

No acumulado de 12 meses, a taxa do IPA chega a 8,48%, enquanto os produtos agropecuários somam alta de 14,80% e os industriais, de 6,34%.

Todos os estágios de produção tiveram acréscimo em suas taxas de variação em março. A maior aceleração ocorreu nas Matérias-Primas Brutas, que subiram 4,77%, depois de registrarem alta de 0,36% em fevereiro.

O comportamento do grupo foi puxado pela aceleração do minério de ferro (-0,01% para 9,73%), da soja em grão (-2,97% para 5,03%) e pelo café em grão (-6,61% para 10,60%). No sentido oposto, os destaques foram o milho em grão (5,17% para 4,02%), mandioca (4,93% para 2,16%) e arroz em casca (4,30% para 0,69%).

Os Bens Finais subiram 0,77%, depois de recuarem 0,55% em fevereiro. A principal contribuição para a reversão de sinal do grupo partiu de alimentos processados, cuja taxa passou de -1,57% para 1,27% no período.

Os Bens Intermediários também ganharam tração, apesar de ainda caírem 0,03%, depois de recuarem 0,33% em fevereiro. O principal responsável pelo movimento foi o subgrupo de materiais e componentes para manufatura, cuja taxa passou de 0,34% para 1,57%.

Em 12 meses, os Bens Intermediários acumulam taxa de 3,50%, enquanto os Bens Finais têm alta de 4,35% e as Matérias-Primas Brutas, de 19,30%.