Consumo aparente de bens industriais cai 1,0% em fevereiro ante janeiro, diz Ipea
Os dados, com base na Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pouco refletem os efeitos negativos causados pela pandemia de covid-19. Como mostraram os dados do IBGE, apenas a indústria de eletroeletrônicos havia sido atingida naquele mês, por meio da dificuldade de importar componentes da China.
O consumo aparente de bens industriais é definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno acrescida das importações. Enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) caiu 1,4% ante janeiro, as importações de bens industriais avançaram 0,2%.
No acumulado em 12 meses, a demanda registrou uma variação ligeiramente negativa (-0,1%). O resultado ficou acima da produção industrial, mensurada pela PIM-PF, que acumulou baixa de 1,2% nos 12 meses até fevereiro.
O consumo aparente teve comportamento divergente entre grandes categorias econômicas, na comparação de fevereiro com janeiro. Enquanto o segmento bens de capital voltou a apresentar ritmo forte de crescimento (6,2%), a demanda por bens intermediários recuou 1% na margem. Já os bens de consumo duráveis avançaram pelo segundo mês consecutivo, registrando alta de 1,1% na passagem de janeiro para fevereiro, informou o Ipea.
Com relação às classes de produção, na comparação de fevereiro ante janeiro, o comportamento heterogêneo verificado nas grandes categorias econômicas se refletiu na "alta modesta da demanda interna por bens da indústria de transformação, que avançou 0,4% sobre o mês de janeiro", diz a nota divulgada pelo Ipea.
Já a indústria extrativa mineral recuou 12,1% em fevereiro ante janeiro, após registrar alta de 28,3% no mês anterior. Ainda na passagem de janeiro para fevereiro, dez segmentos, de um total de 22, registraram alta.
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