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Azul reverte lucro e tem prejuízo líquido de R$ 975,3 milhões no 1º tri

Passageiros com máscaras de proteção caminham em frente a guichês da Azul no aeroporto de Congonhas, em São Paulo - RAHEL PATRASSO
Passageiros com máscaras de proteção caminham em frente a guichês da Azul no aeroporto de Congonhas, em São Paulo Imagem: RAHEL PATRASSO

Cristian Favaro

São Paulo

14/05/2020 10h45

A Azul encerrou o primeiro trimestre de 2020 com prejuízo líquido ajustado de R$ 975,3 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 113,4 milhões em igual período do ano anterior. Segundo a empresa, o resultado refletiu principalmente o ajuste do valor justo da participação da companhia na TAP, de R$ 618,5 milhões, e as perdas com hedge de combustível.

O Ebitda da empresa ficou em R$ 654,2 milhões, queda de 9,7% na comparação com os R$ 724,2 milhões no primeiro trimestre de 2019.

Já a receita líquida foi de R$ 2,8 bilhões, crescimento de 10,3% em igual comparação. O avanço veio com o aumento de 9,0% na receita de transporte de passageiros e ao crescimento de 38,7% em outras receitas.

"Considerando o impacto da pandemia de covid-19 na demanda durante a segunda quinzena de março, a receita operacional seria de R$3,2 bilhões, ou R$ 360,5 milhões maior", disse a empresa.

Já o resultado operacional apresentou queda de 50% no trimestre na comparação anual, para R$ 173,6 milhões, com margem operacional de 6,2% (contra 13,7% um ano antes).

"Normalizando pelo impacto da covid-19 e pela depreciação média do real de 18% em relação ao ano anterior, a margem operacional seria de 14,9%, um crescimento de 1,2 ponto porcentual em relação ao primeiro trimestre de 2019", disse a empresa.

Custo operacional

A Azul registrou um aumento de 7% no custo operacional ajustado por assento disponível por quilômetro (CASK, no jargão do setor) no primeiro trimestre de 2020 na comparação com igual período de 2019. O CASK no período foi de 28,24 centavos de real.

No informe de resultados, a aérea atribuiu o salto à depreciação média de 18,2% do real e ao aumento de 27,5% na depreciação dos ativos (ante a adição líquida de 20 novas aeronaves na frota nos últimos doze meses).

Já o CASK excluindo despesas com combustível foi de 20,03 centavos de real entre janeiro e março, alta de 11%.

No trimestre, os custos e despesas operacionais totalizaram R$ 2,6 bilhões, alta de 19,8% no ano. Entre os principais itens da categoria, a empresa destacou que a despesa operacional com combustível de aviação aumentou 10% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 764,3 milhões. O avanço veio ante o aumento de 5,1% no preço do combustível por litro, além do crescimento na quantidade de horas voadas.

O yield, isto é, o valor médio pago por um passageiro para voar um quilômetro, apresentou queda de 1,6% no trimestre na comparação anual, para 35,17 centavos de real. O PRASK, ou seja, a receita de passageiros dividida pelo total de assentos-quilômetro disponíveis, caiu 2,7% em igual comparação, para 28,50 centavos de real.

Já a receita operacional por ASK, o RASK (receita operacional dividida pelo total de assentos-quilômetro oferecidos) somou 30,11 centavos de real, queda de 1,5%.

O break-even da taxa de ocupação (o ponto de equilíbrio) aumentou 5,3 pontos porcentuais, para 76%.