CNA: exportação do agronegócio cresce 5,9% nos primeiros 4 meses do ano
Conforme comunicado da CNA, os principais produtos responsáveis por essa elevação em termos de faturamento foram soja em grãos (US$ 11,5 bilhões), carne bovina in natura (US$ 2,1 bilhões) e carne de frango in natura (US$ 2,0 bilhões), que responderam por 50% das vendas do agronegócio brasileiro no mercado internacional, com aumentos de 28,2%, 26,5% e 1,4%, respectivamente.
Os principais destinos dos produtos brasileiros no período foram China, União Europeia e Estados Unidos. O país asiático importou do Brasil US$ 11,8 bilhões ou 38% da pauta brasileira em produtos do segmento, enquanto o bloco europeu e os EUA compraram respectivamente os montantes de US$ 5,1 bilhões e US$ 1,9 bilhão.
A CNA relata no comunicado que "o mês de abril ficou marcado por um grande aumento nas vendas de soja em grãos para a China, o que contribuiu para o crescimento do resultado do quadrimestre. Entretanto, trouxe um perfil ainda mais concentrado para as exportações brasileiras, visto que outros setores registraram quedas significativas".
As compras chinesas de carne bovina brasileira subiram 138% de janeiro e abril deste ano na comparação com os quatro primeiros meses de 2019, totalizando US$ 1,1 bilhão. Em relação à carne de frango, o país asiático comprou US$ 150,9 milhões a mais em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado, o que somou US$ 457,4 milhões em vendas.
Os embarques de carne suína do Brasil para a China, maior consumidor desse tipo de proteína animal no mundo, subiram 221,5%. "Com a perda de grande parte de seu rebanho por causa da PSA (Peste Suína Africana), os chineses tiveram de se voltar ao mercado internacional na tentativa de suprir parte da demanda doméstica, o que levou as exportações brasileiras ao país dispararem", explica a Confederação.
Outras duas commodities brasileiras que registraram alta no período foram algodão e açúcar. A pluma foi altamente demandada na Ásia, sendo a China detentora do maior aumento nas compras do produto, com variação positiva de 79%.
Em relação ao açúcar em bruto, Bangladesh, Arábia Saudita e Indonésia compraram, em conjunto, mais US$ 514,8 milhões do Brasil. No caso do açúcar refinado, a expressiva alta veio das compras da Venezuela e de países africanos (Gana e Senegal principalmente).
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