Venda de carros deve se manter fraca em maio
As fabricantes reclamam do problema desde o início da crise e agora a preocupação aumenta diante da falta de perspectivas de um acordo com o governo para a liberação de linha de crédito com juros mais acessíveis ante aos cobrados no mercado.
As montadoras afirmam necessitar de R$ 40 bilhões para manter operações nos próximos três meses. O dinheiro seria para pagar fornecedores e dar suporte às concessionárias, permitindo a atuação desses segmentos até o arrefecimento da pandemia do coronavírus.
A proposta das empresas é que o governo, por meio do BNDES, convença bancos privados a liberarem crédito com juros e prazos acessíveis para o momento de crise. Em troca, oferecem como parte das garantias R$ 25 bilhões que têm em crédito a receber do governo federal e dos Estados por impostos dos quais são isentas, mas têm de recolher por uma "aberração do sistema jurídico", afirma o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes.
Ele ressalta que a falta de liquidez é problema de todos os setores, não só do automotivo. Ele defende uma solução sistêmica, que seria o governo assumir o risco da garantia para todos. "Nem todo mundo vai dar calote e, mesmo que alguns deem, a conta será menor do que, por falta de condições, as empresas deixarem de recolher impostos, demitirem funcionários (que terão de receber o salário-desemprego), além do aumento da informalidade", diz.
"O governo tem de tomar uma decisão", diz Moraes, ressaltando que empresas de todos os portes estão com dificuldades de obter crédito. O R$ 1,2 trilhão liberado pelo Banco Central não chega à ponta por causa da preocupação dos bancos com o calote, afirma Moraes. Quando liberam, é com juro "absurdo", que chega a 20% ao ano, e curto prazo de carência.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.