Fonte de financiamento para Renda Cidadã não elimina o corte de despesas
A discussão sobre o financiamento do Renda Cidadã, programa que vai substituir o Bolsa Família, é complexa. Mesmo que haja uma fonte de financiamento em termos de receita, no entanto, ainda há necessidade de cortar uma despesa para evitar o estouro do teto.
No Congresso, uma ala vê risco em criar o programa sem a certeza da fonte porque isso anteciparia todo o desgaste político sem perspectiva de um resultado concreto.
A indefinição tem preocupado a área econômica, que acompanha de perto a escalada de desconfiança dos investidores e o reflexo disso nas taxas de juros cobradas do Tesouro para se financiar no mercado. Na equipe, o mantra é que, em qualquer cenário, as despesas do auxílio emergencial não podem "vazar" para 2021.
O líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi, é do mesmo partido do relator da PEC emergencial, senador Marcio Bittar, e autor da proposta de reforma tributária, a PEC 45. Na Câmara, querem atrelar a discussão do novo programa à reforma tributária. Uma das propostas é adiar a apresentação do parecer do relator, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), por mais 15 dias. Uma sessão foi marcada pela comissão mista de reforma tributaria para o próximo dia 5 e deve reunir os autores das três propostas que tramitam no Congresso: a PEC 45 (Câmara), PEC 110 (Senado) e o projeto do governo.
Uma das propostas em análise é a do CDPP (Centro de Debates de Políticas Públicas) que une benefícios atuais como salário-família, o abono salarial e o seguro-defeso e cria um novo benefício, um seguro, criação para os trabalhadores informais que perderem renda abruptamente, como ocorreu na pandemia da covid-19.
Como mostrou o Estadão, a ideia é criar um programa de renda básica que inclua uma "poupança" para lidar com a volatilidade de renda dos informais. Para criar o novo benefício, os autores sugerem a fusão do Bolsa Família com programas considerados "antiquados" e com baixa capacidade de redução de pobreza, citando o salário-família, o abono salarial e o seguro-defeso. Os cálculos apontam que a criação deste seguro beneficiaria os 46% mais pobres da população.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.