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Vendas de veículos se recuperam em setembro, mas queda no ano é de 32%

Vendas de veículos novos continuam reagindo após o tombo do início da pandemia do coronavírus e registraram o melhor desempenho mensal para o ano - Rodrigo Paiva/Folhapress
Vendas de veículos novos continuam reagindo após o tombo do início da pandemia do coronavírus e registraram o melhor desempenho mensal para o ano Imagem: Rodrigo Paiva/Folhapress

Cleide Silva

02/10/2020 07h09

As vendas de veículos novos continuam reagindo após o tombo do início da pandemia do coronavírus e registraram o melhor desempenho mensal para o ano, com 207,7 mil unidades vendidas em setembro, incluindo caminhões e ônibus. Para se ter uma ideia, em abril, primeiro mês completo de pandemia, foram vendidos 55,7 mil veículos.

Segundo dados preliminares do mercado, o resultado de setembro é 13% maior que o de agosto, mas 11% inferior ao do mesmo mês do ano passado. No ano, as vendas totais somam 1,37 milhão de veículos, queda de 32,3% no comparativo com igual período de 2019. Até agosto a queda era de 35%.

Para o presidente da Bright Consulting, Paulo Cardamone, as vendas só não foram maiores porque há falta de alguns modelos no mercado. "As empresas estão operando em ritmo reduzido, em razão das medidas de segurança contra a covid-19, por isso há falta de alguns modelos e automóveis, caminhões e até tratores", afirma.

Também há falta de componentes pois os fornecedores estão em situação semelhante e não estavam preparados para essa retomada mais rápida do que o esperado no início da pandemia. Na próxima quarta-feira, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) deve rever sua projeção feita em junho de queda de 40% nas vendas em relação a 2019 para porcentual abaixo desse.

O diretor da marca Fiat, Herlander Zola, diz que novas projeções indicam queda de 30% neste ano. Logo no início da pandemia, o presidente da FCA Fiat Chrysler, Antonio Filosa, foi o primeiro executivo do setor a prever queda de 40% para o mercado total. Hoje a marca está ampliando a produção e tem fila de espera de 30 a 60 dias para seu modelo mais vendido, a picape Strada, que foi líder de vendas neste mês, desbancando o Onix, da General Motors.

Para ele, as vendas nesses últimos três meses do ano devem manter uma queda de 10% a 12% no comparativo com os respectivos meses de 2019, o que deverá resultar em um mercado total próximo de 1,9 milhão de unidades, ante 1,67 milhão previstos pela Anfavea.

Mudanças no ranking

Com o bom desempenho da Strada, que foi renovada há três meses, a liderança em vendas neste mês ficou com a Fiat, posto que não ocupava há cinco anos. Essa é a quarta vez que a picape é o modelo mais vendido em um mês - as vezes anteriores ocorreram 2014 e 2015. É o único modelo desse segmento a ocupar essa posição até agora.

A Fiat vendeu 39 mil automóveis e comerciais leves em setembro, 30% deles da Strada. A Volkswagen, líder nos três meses anteriores, ficou em segundo lugar, com 33,9 mil unidades e a GM em terceiro, com 31,7 mil. Em quarto lugar está a Hyundai, com 16,7 mil unidades, seguida por Toyota, com 13,3 mil, e Ford, com 12,4 mil.

Depois da Strada, os mais vendidos foram Onix (11,7 mil), Gol (9,1 mil) e HB20 (8,6 mil).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.