Para Guedes, inflação de alimentos é reflexo de camada de proteção social
"É o outro lado da moeda, massa salarial subiu, consumo subiu, preços subiram", disse Guedes em audiência da comissão mista do Congresso que fiscaliza a atuação do Poder Executivo no combate ao coronavírus.
O ministro comentou ainda que essa alta nos preços é uma "informação" para o campo, que a partir disso se prepara para ter outra super safra em 2021. "Haverá realocação na direção de derrubar preços de alimentos de novo", disse.
Para Guedes, a aprovação da autonomia do Banco Central seria um sinal importante sobre esse tema, de que não seria uma "bolha transitória de preços que vai virar uma inflação permanente".
Reformas
O ministro da Economia afirmou que o momento é de reforçar a agenda de reformas, e não adotar uma postura pessimista quanto a uma eventual segunda onda de coronavírus no Brasil. Ele pontuou que, caso isso aconteça, o fôlego fiscal estará substancialmente mais curto, o que demandará o aprofundamento de medidas.
"Mas não é o que estamos vendo agora", disse Guedes, para quem a primeira onda da nova doença está "indo embora". "Nosso plano A é que a doença está descendo, economia voltando. Temos plano B (caso segunda onda venha), mas não temos que ficar falando de plano B quando temos que reforçar plano A. O Brasil não tinha espaço fiscal, só espaço monetário, houve prova de confiança dos mercados nessa colaboração e solidez da democracia. Do ponto de vista fiscal, já estávamos em situação complicada, mercado foi absorvendo devagar", comentou.
Turbulência
Segundo ele, só houve turbulência quando o discurso de rompimento de teto e extensão de medidas emergenciais entrou no cenário. "Quando nós mesmos começamos a descredenciar resposta séria a crise, mercados começaram a ficar inseguros, houve inclusive fogo amigo dentro do governo", afirmou o ministro, que citou também a importância da aprovação da PEC Emergencial no contexto das reformas. "É realmente a primeira, a mais importante", disse.
Guedes ainda citou que, se uma segunda onda da covid-19 chegar no Brasil, será preciso "trocar o canal de novo", com o aprendizado dos últimos meses, inclusive com uma cláusula dentro do pacto federativo. "Então, se vier segunda onda, vamos ter que trocar de canal de novo, já com aprendizado, cláusula de calamidade pública dentro do pacto federativo", disse.
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