Iata eleva para US$ 13,6 bi projeção de perda de receita de áreas no Brasil
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) elevou para US$ 13,61 bilhões a estimativa de perda de receita para as aéreas no Brasil em 2020 por causa da covid-19. Em julho, a associação havia projetado que as aéreas brasileiras perderiam US$ 10,83 bilhões de receita neste ano com a pandemia. Os dados foram divulgados pela associação na tarde de hoje, em teleconferência com jornalistas.
Já em receita total, a associação espera que as aéreas do país encerrem 2020 com queda de 71% na comparação com o registrado em 2019 - no relatório de julho, a projeção era fechar com queda de receita de 57%.
A crise de covid-19 afetou drasticamente a economia e toda a cadeia aérea. A estimativa é que 393 mil postos de trabalho sejam fechados neste ano no País considerando toda a economia. Somente no setor aéreo, a estimativa é de redução de 108,5 mil vagas de trabalho, apontou a associação. A crise tem poder de tirar US$ 8,9 bilhões do PIB brasileiro neste ano, levando em conta as aéreas e todo o turismo.
Durante o evento, o vice-presidente da Iata para as Américas, Peter Cerdá, destacou que o mercado brasileiro tem se recuperado de forma bastante satisfatória. "Temos boa capacidade no mercado, boa conectividade com o mundo. O número de passageiros internacional está mais lento por causa das barreiras ao turismo estrangeiro na Europa e Estados Unidos", disse.
Ele lembrou ainda a retomada aos céus do Boeing 737 Max no País, operado pela Gol, o que seria uma boa notícia para o setor.
Cerdá destacou que os países podem aproveitar e incentivar um turismo doméstico enquanto as fronteiras de destinos mais tradicionais estão fechadas. "Há uma oportunidade única de incentivar o turismo local", disse.
Nos Estados Unidos, principal mercado do continente, a estimativa é uma queda de 69% na receita na comparação com 2019. No México, a queda de receita no ano estimada é de 65%. Na Argentina, redução de 70%.
De forma geral, Cerdá defendeu a abertura dos mercados ao tráfego aéreo e incentivou o uso testes de covid-19 como mecanismo para evitar a propagação do vírus durante as viagens.
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