Alta de Alimentação e Bebidas no IPCA em 2020 é a mais acentuada desde 2002
O custo da alimentação no domicílio aumentou 18,15% em 2020, maior variação desde 2002, quando subiu 21,59%.
Já a alimentação fora do domicílio ficou 4,78% mais cara no ano passado.
"No ano de 2020 os preços para alimentação para consumo no domicilio foram bastante afetados. Existem vários motivos", afirmou André Almeida, analista da Coordenação de Índices de Preços do IBGE. "Tanto pelas pessoas estarem mais em casa por conta do isolamento social, as pessoas precisaram ficar mais em casa e fazer mais refeições em casa, quanto pela restrição de oferta, a questão da exportação por conta de câmbio mais desvalorizado, que favorece a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional que restringe a oferta no mercado doméstico. A questão de as pessoas terem ficado mais em casa e a questão do auxilio emergencial podem ter influenciado", completou.
Dezembro
As famílias voltaram a gastar mais com alimentos no mês de dezembro, embora a alta de preços tenha sido mais branda que a de novembro. O grupo Alimentação e Bebidas saiu de uma elevação de 2,54% em novembro para um avanço de 1,74% em dezembro, dentro do IPCA. O grupo contribuiu com 0,36 ponto porcentual para a taxa de 1,35% do IPCA no mês.
Os alimentos para consumo no domicílio subiram 2,12% em dezembro. O tomate ficou 13,46% mais barato, e as altas em dezembro foram menos intensas nos preços das carnes (3,58%), do arroz (3,84%) e do óleo de soja (4,99%). Por outro lado, as frutas passaram de aumento de 2,20% em novembro para 6,73% em dezembro.
Já a alimentação fora do domicílio aumentou 0,77% em dezembro, ante elevação de 0,57% em novembro. Ficaram mais caros no último mês a refeição fora de casa (0,74%) e o lanche (0,89%).
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