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Para funcionários do Banco do Brasil, medidas são 'cortina de privatização'

Arquivo - Sede do Banco do Brasil; Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil cobrou a revisão das medidas anunciadas ontem - Wagner Pires / Estadão Conteúdo
Arquivo - Sede do Banco do Brasil; Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil cobrou a revisão das medidas anunciadas ontem Imagem: Wagner Pires / Estadão Conteúdo

Adriana Fernandes

Em Brasília

12/01/2021 07h00

A ANABB (Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil) cobrou a revisão das medidas anunciadas ontem, de fechamento de agências e desligamento de 5 mil funcionários. Em carta encaminhada ao presidente do BB, André Guilherme Brandão, a ANABB diz que as medidas transmitem uma percepção de "cortina de fumaça" para encobrir "intenções privatistas" em torno do BB.

Para a entidade, o esvaziamento do BB e o enfraquecimento de sua atuação em áreas chave de negócio comprometem sua solidez e seu papel de banco público. "Uma forma de se desfazer de patrimônio público é ir, gradativamente, enfraquecendo as empresas e comprometendo seu desempenho", acusa o presidente da ANABB, Reinaldo Fujimoto, na carta encaminhada ao BB.

Fujimoto alerta que a medida trará reflexo negativo para milhões de clientes do banco, desconsiderando a realidade brasileira.

Para a associação de funcionários, as medidas anunciadas sobrecarregam os colaboradores. "O anúncio pode satisfazer expectativas do mercado de curtíssimo prazo, mas estão na contramão do papel histórico e institucional do Banco do Brasil na economia brasileira, sobretudo em situações de estagnação econômica e de desafios para a retomada do desenvolvimento".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.