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Bolsonaro diz lamentar decisão da Ford, mas reafirma que não concederá subsídios

Pedro Caramuru e Emilly Behnke

São Paulo

13/01/2021 12h23

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que lamenta a decisão da montadora Ford de encerrar suas atividades no País, mas reafirmou que o governo não vai conceder subsídios à empresa para que ela mantenha a produção no Brasil. Em conversa com apoiadores na manhã desta quarta-feira, 13, Bolsonaro comentou que governos anteriores deram "dezenas de bilhões de reais para esse pessoal em renúncia fiscal". "Lamento, mas eu não ia continuar bancando dinheiro de vocês para a fábrica", completou.

Ele afirmou ainda que "ninguém fala nada" sobre o fechamento de outras empresas no País. "Eu segurei milhões de empregos com as medidas de ajuda via Pronampe Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, via até auxílio emergencial para o pessoal não entrar em desespero porque os informais perderam tudo. E eu fui - acho que - o único que fez para manter empregos no Brasil. O resto fechou", afirmou o presidente.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados no último mês, entre julho e novembro de 2020 foram criados 1,499 milhão de postos de trabalho formais no País. O número ficou abaixo das perdas registradas entre março e junho do último ano, quando 1,612 milhão de vagas foram fechadas.

Segundo o presidente, "está chegando a fatura" das medidas de quarentena e distanciamento social postas em prática para conter o avanço da covid-19 no País. "E vão reclamar de mim porque fechou uma fábrica? Essa fábrica fechou por causa da concorrência, não tem mais subsídio nosso e o que ela fabricava aqui não era mais rentável", completou.

Armas e munições

O presidente disse também ser um aliado do setor de armas e munições no País. "Vocês sempre terão comigo um aliado para a compra legal de armamento. Inclusive não existe lobby de armamento pra cima de mim porque eu sou adepto de toda forma de legítima defesa do cidadão de bem no Brasil", afirmou.