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Warren Buffett se torna membro do clube dos US$ 100 bi

Redação, O Estado de S.Paulo

São Paulo

16/03/2021 08h35

Warren Buffett tem se mantido no topo do ranking da riqueza global há décadas, mas nos últimos anos ele caiu nessa lista conforme as fortunas ligadas às empresas de tecnologia disparavam e sua mão quente esfriava. Agora, aos 90 anos, seu patrimônio líquido passou de US$ 100 bilhões.

A riqueza do chairman da Berkshire Hathaway Inc. saltou para US$ 100,4 bilhões, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index. Isso torna Buffett o sexto membro do clube de US$ 100 bilhões, um grupo que inclui Jeff Bezos, Elon Musk e seu amigo Bill Gates.

As fortunas combinadas do clã cresceram rapidamente, alimentadas pelo estímulo do governo, pela política do banco central e pelo mercado de ações em alta. Na quarta-feira, 10 de março, o projeto de lei anti-covid-19 de US$ 1,9 trilhão do presidente Joe Biden superou seu obstáculo final no Congresso, somando-se aos US$ 3 trilhões em estímulos que Washington já desembolsou ao longo de 2020.

A Berkshire, a fonte de praticamente toda a riqueza de Buffett, teve um forte início em 2021. As ações da empresa subiram 15% este ano, superando o ganho de 3,8% do índice S&P 500. Isso foi ajudado pela recente pressão de Buffett para gastar quantias recordes comprando de volta as próprias ações da Berkshire, uma mudança notável para um investidor que preferiu usar a pilha de US$ 138 bilhões em dinheiro para adquirir outras empresas ou ações ordinárias.

Buffett tem lutado nos últimos anos para encontrar negócios consideráveis para estimular o crescimento da Berkshire, em parte devido ao tamanho do conglomerado. Isso fez com que as ações tivessem um desempenho inferior ao S&P 500 nos últimos cinco anos. Mas em 2020, Buffett gastou um recorde de US$ 24,7 bilhões em recompras e os registros indicam que ele já adquiriu pelo menos US$ 4,2 bilhões em ações até meados de fevereiro.

"Seu aquecimento para a recompra de ações foi claramente bem-visto pelos investidores", disse Matthew Palazola, analista da Bloomberg Intelligence, que também observou que os temores do ano passado sobre o impacto inicial da pandemia no grupo foram exagerados. "A força do portfólio de ações da Berkshire, especificamente a Apple, foi um grande contribuinte para o valor contábil", disse ele.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.