FecomercioSP: faturamento do comércio de SP deve cair 3% no mês mesmo com auxílio
A queda no faturamento do varejo deve ocorrer mesmo com a injeção de R$ 1,54 bilhão do auxílio emergencial destinado ao consumo das famílias, este mês, segundo a nota. Na média, cada pessoa receberá R$ 250 do benefício.
"Embora o auxílio diminua os impactos econômicos da segunda onda covid-19, a previsão é de um mês de abril com quedas sensíveis nas vendas do varejo, tanto por causa da renda das famílias quanto pelas restrições de operação de muitos agentes do setor", avalia a entidade.
O recuo esperado no faturamento no varejo paulista reflete a manutenção das medidas de restrição de circulação de pessoas, de funcionamento de lojas e de fechamento de atividades não essenciais, explica. "Em cenário sem benefício do governo federal, a queda seria duas vezes maior 6%", afirma.
Em abril do ano passado, o prejuízo do conjunto das atividades do varejo no Estado fora de R$ 16,4 bilhões, o que, somado à estimativa para abril de 2021, significará um rombo de R$ 17,9 bilhões no caixa do setor, levando em conta os dois períodos.
De acordo com a equipe econômica da FecomercioSP, se restrições implementadas em março pelo governo estadual permanecerem ao longo de abril, a previsão é que as atividades impactadas pelas medidas, consideradas não essenciais, percam 43% do faturamento em comparação a abril de 2020. Em contrapartida, atividades essenciais como supermercados e farmácias poderão apresentar alta de 4%.
Os cálculos da entidade mostram que a atividade varejista mais impactada pelo contexto será a de vestuário e calçados. A estimativa é de perdas de mais de dois terços do segmento em abril (-68%) ante igual mês de 2020. Em seguida estão as concessionárias de veículos (-56%), lojas de móveis e decoração (-41%) e o setor de eletrodomésticos e eletrônicos (-35%).
Já as lojas de materiais para construção devem registrar aumento de 17% no faturamento na comparação com abril do ano passado, indicando que o auxílio emergencial continuará sendo usado por muitas famílias para promover reformas domésticas. Os supermercados, que se mantiveram em alta ao longo do último ano, vão faturar 2% a mais. A entidade chama a atenção para a projeção de declínio de 7% nas receitas das farmácias e perfumarias no período.
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