Adiar leilão da Cedae traria perdas para a população carioca, diz BNDES
Adiar o leilão da Cedae traria perdas para a população carioca e não faz o menor sentido, disse nesta quarta-feira, 7, o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, em evento promovido pelo Bradesco BBI, ao comentar o projeto apresentado pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano (PT), para adiar o certame.
O leilão está marcado para 30 de abril e, em seguida, será a vez do estado do Amapá. A previsão é de que o projeto do deputado seja votado na quinta-feira, 8. "Não faz o menor sentido não ocorrer leilão da Cedae, e a classe política sabe disso", disse durante o evento.
Montezano afirmou que após o leilão da Cedae, as privatizações do setor de saneamento vão ganhar um novo patamar.
Já na primeira venda, em Alagoas, o executivo notou que tanto o setor público como os investidores sentiram que o negócio era maior do que se previa. "Após a concessão de Alagoas, o setor público e os investidores tiveram uma melhor noção de quão relevante é o setor de saneamento, economicamente falando, claro, porque não preciso dizer os benefícios socioambientais", afirmou.
Segundo ele, a lista de empresas de saneamento para serem privatizadas não para de crescer, um reflexo também de medidas que foram tomadas recentemente.
"Com a votação dos vetos e a obrigatoriedade de comprovar a saúde econômica financeira até o ano que vem, estamos tendo mais uma onda de vontade política de trazer esses ativos ao mercado e o pipeline continua crescendo", disse Montezano.
Segundo ele, a partir do segundo semestre até 2024 serão realizadas operações nesse setor. "Vai mudar de patamar agora com o leilão da Cedae em abril. E a partir de segundo semestre até 2024, ainda vai ter muita operação no mercado. Vejo players se preparando para participar dessa jornada", concluiu.
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