Diretora do FMI vê retomada desigual e pede preparação para retirada de apoio
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, destacou nesta quinta-feira, 6, o fato de que a recuperação econômica no mundo se mostra desigual, "um problema a ser enfrentado". A autoridade falou durante o evento virtual The State of the Union 2021 - Europe in a Changing World. Ela destacou o papel da vacinação para de fato acabar com a crise atual. "A vacinação em todo o mundo é o único e principal fator para acabar com a crise global", ressaltou.
Georgieva lembrou das projeções do FMI para crescimento global de 6,0% neste ano. Ela lembrou que é um número forte, mas na sequência de uma forte contração diante da pandemia em 2020. E notou a incerteza, "sobretudo com a corrida entre a vacina e o vírus", inclusive com novas cepas da covid-19 em circulação.
A diretora-gerente do FMI disse que o atual apoio político à economia, com medidas fiscais e na política monetária, terá de ser retirado adiante, "de modo cuidadoso". E previu que, conforme isso comece a acontecer, será natural haver um aumento de falências de empresas, nesse contexto. Também disse que o mundo terá de começar a se preparar para juros mais altos no futuro, o que pode representar uma pressão para as nações mais endividadas.
"As taxas não seguirão assim para sempre", notou, dizendo que o mote "juros mais baixos por mais tempo" não significa o mesmo que "juros baixos para sempre". E disse que é preciso monitorar o que acontece nos Estados Unidos, diante do impacto da política monetária do país para o restante do mundo.
Segundo Georgieva, a recuperação da pandemia pode ser mais "verde", com medidas para conter emissões de carbono. Ela também comentou que "a crise não acabou" e que evitar cicatrizes duradouras na economia "é um ponto muito importante".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.