Guedes repete que governo não subirá impostos para controlar déficit fiscal
O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu hoje que o governo não irá aumentar impostos para reduzir o déficit fiscal. Ele lembrou que a arrecadação federal já cresceu 40% neste ano, devido à recuperação da economia.
"Não vamos subir os impostos, vamos controlar os gastos. Os impostos serão mantidos ou reduzidos. Vamos fechar o déficit com a recuperação econômica. A projeção de déficit neste ano já caiu R$ 100 bilhões. Quem sabe a gente cresce (a economia) 4% ou 4,5% no ano que vem e acabamos com o déficit", afirmou Guedes, em participação em evento realizado pela Coalizão Indústria.
A estimativa de rombo primário do governo central neste ano caiu de R$ 286 bilhões (3,5% do PIB) para R$ 187,7 bilhões (2,2% do PIB), de acordo com a nova grade de parâmetros do Ministério da Economia, divulgada na semana passada.
No evento da Coalização Indústria, o ministro da Economia disse que diversos economistas já estão prevendo um crescimento da economia brasileira superior a 4% em 2021. "Se isso acontecer, a relação dívida/PIB pode cair para 85%, ou seja, 15 pontos porcentuais abaixo do que se esperava", afirmou.
Mais uma vez, Guedes, avaliou que a economia brasileira voltou em "V" e está em aceleração.
"Renovamos as camadas de proteção, como o auxílio emergencial, de forma mais focalizada. O presidente Bolsonaro disse desde o início que não vai faltar dinheiro para a Saúde, mas cada geração precisa pagar pelas suas guerras", completou.
Coalizão centro-direita
O ministro da Economia agradeceu o apoio que tem recebido do presidente Jair Bolsonaro e disse que "finalmente" uma coalizão de centro-direita chegou ao Congresso Nacional.
Segundo ele, o suporte dado pelo chefe do Executivo tem sido fundamental porque repetidamente ecoam informações de que sairá do Ministério e de que foi contaminado com a covid-19, entre outros pontos. "Até entendo isso. É do jogo político", disse aos empresários.
Ele também afirmou que ficou satisfeito com a eleição de Rodrigo Pacheco, como presidente do Senado, e de Arthur Lira, na Câmara. "Contava com essa premissa para fazer nosso trabalho", disse, em relação à representatividade de uma administração do Legislativo mais à direita.
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