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Presidente do BC: Países com mais gastos evitaram queda profunda do PIB

Fala de Campos Neto, presidente do Banco Central, foi dita durante o Congresso Nacional da Abrasel - Marcos Corrêa/PR
Fala de Campos Neto, presidente do Banco Central, foi dita durante o Congresso Nacional da Abrasel Imagem: Marcos Corrêa/PR

Célia Froufe e Fabrício de Castro

Em Brasília

12/08/2021 11h36Atualizada em 12/08/2021 17h32

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse hoje que os governos que destinaram mais recursos para evitar as consequências econômicas da pandemia do novo coronavírus apresentaram menos impactos.

"Quando olhamos o mundo emergente, vemos que países com maiores gastos, como o Brasil, evitaram uma queda mais aprofundada e recuperação mais rápida", afirmou durante o Congresso Nacional Abrasel, realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes.

Ele comentou sobre o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de países como China e Estados Unidos, por exemplo, que "destoam claramente" de outras economias.

Campos Neto lembrou que a China foi o primeiro país a sofrer com a pandemia e que agora é possível verificar distanciamento em termos de recuperação das economias do mundo. "É normal que tenha descolamento", avaliou.

O presidente do BC disse ser necessário levar em consideração os diferentes estímulos concedidos pelo governo. Ele mencionou, por exemplo, que os Estados Unidos anunciaram medidas que representaram quase 25% do seu PIB, o maior volume entre os mercados desenvolvidos.

Em relação à América Latina, Campos Neto afirmou haver "ânimo" em relação à reabertura das economias da região e que, no Brasil, começa a ser visto o impacto nas projeções da percepção da piora fiscal e o questionamento sobre o que o Brasil fará para voltar a trilhos.