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Economia: déficit primário passa de R$ 139,4 bi para R$ 95,822 bi em 2021

Brasília e São Paulo

22/11/2021 17h15

O Ministério da Economia prevê encerrar o ano com um rombo de R$ 95,822 bilhões nas contas do governo central em 2021. O déficit é menor do que a previsão anterior, de R$ 139,435 bilhões, graças a uma melhora significativa na arrecadação. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 22, no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 5º bimestre.

Os resultados também estão bem melhores do que o permitido pela meta fiscal deste ano, que autoriza rombo de até R$ 247,1 bilhões. A meta fiscal "ajustada", que desconta despesas atreladas ao combate à covid-19, permitiria déficit ainda maior, de R$ 331,577 bilhões.

Segundo as projeções oficiais, a receita total do governo deve ficar em R$ 1,913 trilhão em 2021, R$ 57,7 bilhões a mais do que o previsto no 4º bimestre. Já a receita líquida, após transferências, é estimada em R$ 1,555 trilhão, R$ 47,672 bilhões acima da projeção anterior.

Apesar do aumento nas receitas, o governo não pode usar tudo para bancar novas despesas devido à limitação do teto de gastos, que atrela o crescimento das despesas à variação da inflação.

Com isso, a despesa total deve fechar o ano em R$ 1,651 trilhão, R$ 4,059 bilhões acima do previsto anteriormente.

Segundo a Economia, o crescimento se dará principalmente nas chamadas despesas discricionárias, que incluem custeio e investimentos. A elevação é de R$ 4,574 bilhões, para um total de R$ 129,042 bilhões no ano.

Já as obrigatórias, que incluem benefícios previdenciários e salários, caíram R$ 514,8 milhões, para R$ 1,522 trilhão.