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Guedes rebate acusações e diz que PEC dos precatórios 'impede a ameaça de calotes'

O ministro da Economia Paulo Guedes em pronunciamento à imprensa - Ueslei Marcelino/Reuters
O ministro da Economia Paulo Guedes em pronunciamento à imprensa Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Eduardo Rodrigues e Lorenna Rodrigues

Do Estadão Conteúdo, em Brasília

03/12/2021 12h37Atualizada em 03/12/2021 13h05

O ministro da Economia, Paulo Guedes, considerou "satisfatório" o texto final da PEC dos Precatórios aprovado pelo Senado. Lamentou, porém, que a versão votada coloca uma trava no pagamento de precatórios da União até 2026, e não mais até 2036, como estabelecido anteriormente pela versão aprovada na Câmara.

"A versão final aprovada não é exatamente a nossa versão inicial, mas é satisfatória do ponto de vista de criar exequibilidade para o orçamento anual e dar previsibilidade para os próximos quatro ou cinco anos. Gostaríamos que isso fosse para sempre, mas aprovaram apenas até 2026", afirmou Guedes, no Encontro Anual da Indústria Química.

E completou: "Estão chamando de PEC do Calote, quando na verdade essa PEC impede a ameaça de calotes."

Previsões sobre dívida

O ministro da Economia voltou a criticar os economistas que previsão que a dívida bruta chegaria a 100% do Produto Interno Bruto (PIB), lembrando que o endividamento deve ficar em torno dos 80% do PIB neste ano.

"Nós temos seguido uma linha mestra de reformas estruturantes, e o capítulo dos precatórios foi só mais um capítulo nessa luta que prossegue. A nossa primeira diretriz era justamente reverter o excesso de gastos públicos. O governo gasta muito e gasta mal", afirmou.

E completou: "Estávamos com o fiscal frouxo e com o monetário muito restritivo. Atuamos sobre as duas questões."