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Projeção do Focus de alta do PIB de 2021 cede de 4,71% para 4,65%

Para 2022, foram feitas 35 atualizações nos últimos cinco dias, com a estimativa caindo de 0,51% para 0,36% - Getty Images
Para 2022, foram feitas 35 atualizações nos últimos cinco dias, com a estimativa caindo de 0,51% para 0,36% Imagem: Getty Images

Thaís Barcellos

Em Brasília

13/12/2021 09h25Atualizada em 13/12/2021 09h36

O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 13, mostrou nova deterioração no cenário de crescimento econômico do Brasil. A redução na previsão mediana para Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 foi de expansão de 4,71% para 4,65%. Há quatro semanas, estava em 4,88%. Para 2022, a projeção de expansão do PIB desacelerou de alta de 0,51% para 0,50%. Há um mês, estava em 0,93%.

Considerando apenas as 36 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2021 passou de 4,65% para 4,56%. Para 2022, foram feitas 35 atualizações nos últimos cinco dias, com a estimativa caindo de 0,51% para 0,36%.

Para 2023, a projeção de crescimento cedeu de 1,95% para 1,90%, de 2,00% há um mês. Da mesma forma, para 2024, a estimativa de alta do PIB caiu de 2,10% para 2,00, mesmo porcentual de quatro semanas atrás.

O Banco Central deixou de publicar, no documento do Focus, as projeções para a produção industrial, devido à pouca quantidade de respostas para esse indicador.

O Relatório de Mercado Focus também mostrou hoje que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2021 caiu de 59,50% para 58,95%. Há um mês, estava em 60,00%. Para 2022, a expectativa também cedeu de 63,20% para 63,00%, ante 62,99% de um mês atrás.

O relatório trouxe ainda manutenção na relação entre o déficit primário e o PIB deste ano, em 0,60%. No caso de 2022, a estimativa seguiu em 1,20%. Há um mês, os porcentuais estavam em 0,95% e 1,18%, respectivamente.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2021 passou de 5,75% para 5,70%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2022, variou de 6,80% para 7,10%. Há quatro semanas, essas relações estavam em 5,80% e 6,55%, nesta ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Déficit em c/c

Os economistas do mercado financeiro pioraram pela décima semana consecutiva a projeção de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2021, de US$ 14,50 bilhões para US$ 19,50 bilhões, na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central. Há um mês, a mediana era negativa em US$ 10,79 bilhões. Para 2022, o rombo projetado também aumentou, de US$ 19,0 bilhões para US$ 21,50 bilhões, frente a US$ 19,00 bilhões de um mês atrás.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2021 subiu de US$ 50,00 bilhões para US$ 52,00 bilhões, ante US$ 50,00 bilhões de um mês antes. Para 2022, a expectativa passou de US$ 56,80 bilhões para US$ 58,10 bilhões, ante US$ 60,00 bilhões de um mês antes.

No caso da balança comercial em 2021, a projeção vem minguando para 2021. Passou de superávit comercial de US$ 60,30 bilhões para US$ 59,90 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 70,30 bilhões. Para 2022, a estimativa de superávit caiu de US$ 63,00 bilhões para US$ 55,80 bilhões, frente a US$ 63,00 bilhões de um mês atrás.