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PIB: Projeção de alta em 2022 vai de 0,28% para 0,29%, diz Focus

Para 2023, a mediana do PIB avançou de 1,70% para 1,75% - SOPA Images / LightRocket via Getty Images
Para 2023, a mediana do PIB avançou de 1,70% para 1,75% Imagem: SOPA Images / LightRocket via Getty Images

Thaís Barcellos

Estadão Conteúdo, Brasília

17/01/2022 09h30Atualizada em 17/01/2022 10h10

O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (17) mostrou aumento marginal na previsão mediana para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, que passou de 0,28% para 0,29%, após três semanas seguidas de deterioração. Há um mês, a estimativa era de 0,50%. Considerando apenas as 33 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 passou de 0,25% para 0,34%.

O boletim não trouxe mais a expectativa mediana para o resultado do PIB do ano passado. Para 2023, a mediana para o PIB também avançou, de 1,70% para 1,75% - de 1,85% há quatro semanas.

Para 2024, a estimativa seguiu em 2,00%, mesma projeção de quatro semanas atrás. O Relatório Focus ainda trouxe pela primeira vez a mediana para 2025, que também continuou em 2,00%. Há um mês, a estimativa de crescimento do PIB em 2025 também estava em 2,0%.

O Focus também mostrou hoje que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022 subiu 62,48% para 62,50%, ante 63,00% de um mês atrás. Para 2021, caiu de 58,25% do PIB para 58,10%, de 58,90% há quatro semanas, segundo o Sistema de Expectativas.

O relatório trouxe ainda alteração na relação entre o déficit primário e o PIB deste ano, de 1,00% para 0,96%. Há um mês, o porcentual estava em 1,10%. A estimativa para 2021 se aproximou ainda mais de zero, passando de déficit de 0,05% do PIB para rombo primário estimado de 0,03%. Há quatro semanas, a relação projetada era de 0,60%.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2022 passou 7,75% para 7,88%. Há quatro semanas, estava em 7,15%. Em 2021, a relação projetada seguiu em 5,40%, de 5,60% de um mês atrás.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Déficit em conta-corrente

Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção de déficit em conta-corrente do balanço de pagamentos em 2022, de US$ 24,25 bilhões para US$ 24,00 bilhões, de US$ 21,50 bilhões de um mês atrás. Para 2021, a projeção de rombo passou de US$ 22,84 bilhões para US$ 22,80 bilhões, na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central. Há um mês, a mediana era negativa em US$ 19,99 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nesses anos. A mediana das previsões para o IDP em 2021 continuou em US$ 52,00 bilhões, ante US$ 51,25 bilhões de um mês antes. Para 2022, a expectativa permaneceu em US$ 58,00 bilhões, ante US$ 57,55 bilhões de um mês antes.

No caso da balança comercial em 2022, a estimativa de superávit passou de US$ 55,50 bilhões para US$ 56,00 bilhões, de US$ 55,25 bilhões de um mês atrás.