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Servidores do BC anunciam nova paralisação e sinalizam greve a partir de 9/3

Sede do Banco Central, em Brasília (DF) - ADRIANO MACHADO
Sede do Banco Central, em Brasília (DF) Imagem: ADRIANO MACHADO

Eduardo Rodrigues

Em Brasília

21/01/2022 11h57Atualizada em 21/01/2022 18h50

Sem qualquer sinalização do governo federal para um reajuste salarial dos servidores neste ano, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) confirmou nesta sexta-feira, 21, que a categoria fará uma nova paralisação na manhã do dia 9 de fevereiro. A entidade avisou que poderá entrar em greve por tempo indeterminado a partir de 9 de março, caso não haja uma resposta concreta do governo na primeira quinzena de fevereiro.

De acordo com o sindicato, já na paralisação parcial de 9 de fevereiro poderá haver interrupção parcial do atendimento ao público, da distribuição de células, da manutenção de sistemas informatizados e da prestação de informações para o Sistema Financeiro Nacional. Os servidores do BC irão cruzar os braços de 8 horas às 12 horas.

"A nossa conversa com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, está sendo produtiva e positiva. Contudo, as últimas declarações do presidente Jair Bolsonaro, do (líder do governo) deputado Ricardo Barros e do ministro da Economia Paulo Guedes sugerem que o reajuste será dado somente para os policiais federais, excluindo os servidores do BC. Por isso, mantivemos a paralisação de 9 de fevereiro", afirmou o sindicato em nota.

Na última terça-feira, 18, houve movimento semelhante no Banco Central, com 50% de paralisação, mas sem prejudicar serviços essenciais do órgão. Para o dia 9 do próximo mês, o Sinal espera que a adesão ao protesto chegue a 65% do corpo funcional da instituição. A lista de entrega ou recusa de cargos comissionados já estaria próxima de 2 mil servidores.