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Setor de serviços da zona do euro patina em janeiro com peso da ômicron

Economia da União Europeia tem dado sinais de dificuldade de recuperação - Julien de Rosa/AFP
Economia da União Europeia tem dado sinais de dificuldade de recuperação Imagem: Julien de Rosa/AFP

Sergio Caldas

Agência Estado, São Paulo*

24/01/2022 07h23Atualizada em 24/01/2022 08h09

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 53,3 em dezembro para 52,4 em janeiro, atingindo o menor nível em 11 meses, segundo dados preliminares divulgados hoje pela IHS Markit.

Apesar da queda, o resultado acima da marca de 50 indica que a atividade do bloco segue se expandindo neste mês, ainda que em ritmo mais contido. A prévia de janeiro, no entanto, ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam recuo do PMI composto a 52,7.

O indicador geral foi afetado pelo PMI de serviços do bloco, que diminuiu de 53,1 em dezembro para 51,2 em janeiro, tocando o menor patamar em nove meses. Neste caso, a projeção era de declínio menor, a 52.

O PMI industrial, por outro lado, subiu de 58 para 59 no mesmo período, alcançando o maior nível em cinco meses. O consenso do mercado era de queda a 57,5.

Peso da variante ômicron

A recuperação da economia do bloco foi afetada pelas novas restrições adotadas para conter a variante ômicron do coronavírus. "A onda da Ômicron levou a outra forte queda nos gastos em muitos serviços de atendimento presencial ao consumidor no início do ano, com turismo, viagens e recreação especialmente afetados", disse Chris Williamson, economista-chefe da IHS Markit.

Os consumidores também foram afetados pela disparada dos preços. O subíndice composto de preços da produção permaneceu na máxima da pesquisa de novembro, após a inflação ter atingido um recorde no mês passado, provavelmente ampliando a pressão sobre o Banco Central Europeu para apertar a política monetária.

* Com informações da Reuters