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Estoque de crédito fica estável em janeiro ante dezembro em R$ 4,670 tri, diz BC

Brasília

24/02/2022 10h29

O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro ficou estável em janeiro ante dezembro, em R$ 4,670 trilhões, informou nesta quinta-feira, 24, o Banco Central. Em 12 meses, houve alta de 16,4%.

Em janeiro ante dezembro, houve alta de 1,0% no estoque para pessoas físicas e retração de 1,5% no estoque para pessoas jurídicas.

De acordo com o BC, o estoque de crédito livre recuou 0,3% em janeiro, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 0,3%.

No crédito livre, houve alta de 1,0% no saldo para pessoas físicas no mês passado. Para as empresas, o estoque diminuiu 1,8% no período.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 53,8% para 53,3% na passagem de dezembro para janeiro.

Habitação e veículos

O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 0,7% em janeiro ante dezembro, totalizando R$ 821,264 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até janeiro, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 14,4%.

Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física subiu 0,5% em janeiro ante dezembro, para R$ 242,473 bilhões. Em 12 meses, houve alta de 9,2%.

Setores

O saldo de crédito para as empresas do setor de agropecuária ficou estável (variação zero) em janeiro, em R$ 40,006 bilhões, informou o Banco Central.

Já o saldo para a indústria recuou 1,3%, para R$ 761,635 bilhões. O montante para o setor de serviços teve baixa de 1,6%, para R$ 1,131 trilhão.

No caso do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados (outros), o saldo caiu 7,9%, aos R$ 6,758 bilhões.

Setor não financeiro

O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro caiu 0,1% em janeiro ante dezembro, para R$ 13,594 trilhões. O montante equivale a 155,1% do PIB do Brasil, conforme dados divulgados pelo Banco Central.

O crédito ampliado inclui, entre outras, as operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as operações com títulos públicos e privados.

A medida permite uma visão mais ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando, ao abarcar não apenas os empréstimos bancários.

No caso específico de empresas, o saldo do crédito ampliado recuou 1,5% em janeiro ante dezembro, para R$ 4,634 trilhões. O montante corresponde a 52,9% do PIB.

BNDES

O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas teve baixa de 0,8% em janeiro ante dezembro, somando R$ 371,176 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses, a queda acumulada é de 4,3%.

Em janeiro, houve queda de 1,6% nas linhas de financiamento agroindustrial do BNDES, queda de 0,8% no financiamento de investimentos e baixa de 3,0% no saldo de capital de giro.

Concessões

As concessões dos bancos no crédito livre caíram 17,5% em janeiro ante dezembro do ano passado, para R$ 367,0 bilhões, informou o Banco Central. No acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, ainda há uma alta de 23,5%.

Estes dados, apresentados nesta quinta-feira pelo BC, não levam em conta ajustes sazonais. Em janeiro, no crédito para pessoas físicas, as concessões caíram 10,7%, para R$ 191,8 bilhões. Em 12 meses até janeiro, há alta de 23,4%.

Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões recuaram 23,9% em janeiro ante dezembro, para R$ 175,2 bilhões. Em 12 meses até janeiro, o avanço é de 23,6%.