Bolsonaro não avalia trocar o comando da Petrobras, diz Flávia Arruda
A ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não avalia trocar o comando da Petrobras, hoje nas mãos do general Joaquim Silva e Luna. Segundo a titular da Segov (Secretaria de Governo), a mudança não atingiria o principal objetivo do governo, que é mudar a política de preços da estatal.
"Não se fala em mexer no comando ou as peças na Petrobras. Mudar o comando não vai mexer na política de preços. Não é uma insatisfação pessoal que vai mudar esse cenário", garantiu a ministra, em entrevista durante o evento "Sob o Olhar Delas, uma Conferência de Política e Economia", organizado pela XP Inc.
Bolsonaro tem demonstrado irritação com a política de preços da Petrobras, o que o teria levado a discutir com aliados a possibilidade de trocar o presidente da estatal. Nesta quinta-feira (10), a empresa anunciou mais um aumento nos valores da gasolina, do diesel e do GLP, o gás de cozinha.
O presidente criticou o reajuste e disse que a medida poderia ter sido deixada para semana que vem, após a votação no Congresso do chamado pacote dos combustíveis, aprovado nesta quinta.
"Não dá para dizer que o presidente recebe esse reajuste com tranquilidade. O presidente fica incomodado porque sabe o que impacta a vida das pessoas", defendeu Flávia.
Estado de calamidade
A ministra afirmou que o governo federal não descarta a possibilidade de decretar estado de calamidade no país, caso a guerra entre Ucrânia e Rússia se estenda por muito tempo. O governo se preocupa com a possibilidade de o conflito provocar alta desordenada no preço internacional do barril do petróleo, o que poderia ter impacto direto no Brasil.
"Não dá para ter previsibilidade de nada. Se a guerra perdurar, não podemos descartar a possibilidade de outras medidas, como um estado de emergência, guerra, calamidade, a depender do cenário que vamos enfrentar. No momento de instabilidade com a guerra, tudo vai depender do tempo que isso vai levar", afirmou.
As sucessivas altas nos combustíveis afetam a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que disputará a reeleição.
A decretação de estado de calamidade permitiria ao governo abrir os cofres em pleno ano eleitoral, quando as regras para despesas são mais rígidas.
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