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Ante divergências, Biden deve decidir se retira tarifas à China nesta semana

Joe Biden, presidente dos EUA - REUTERS/Kevin Lamarque
Joe Biden, presidente dos EUA Imagem: REUTERS/Kevin Lamarque

Washington

04/07/2022 08h54Atualizada em 04/07/2022 09h09

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve reverter algumas tarifas sobre as importações chinesas em breve, em uma medida limitada por objetivos políticos concorrentes: combater a inflação e manter a pressão econômica sobre Pequim.

Pessoas familiarizadas com a situação dizem que Biden pode anunciar a decisão esta semana. O democrata estuda incluir uma pausa nas tarifas sobre bens de consumo, como roupas e material escolar, bem como lançar uma ampla estrutura para permitir que os importadores solicitem isenções tarifárias.

O Escritório do Representante Comercial dos EUA está realizando uma revisão obrigatória de quatro anos das tarifas impostas na gestão do ex-presidente Donald Trump. Um período de comentários para empresas e outros que se beneficiaram das tarifas será encerrado em 5 de julho, dando ao governo a oportunidade de calibrar sua política.

Enquanto decide o que fazer, Biden avalia posições divergentes tanto dentro de seu governo quanto por forças externas, incluindo empresas, trabalhadores e legisladores. Um plano para anunciar um corte tarifário foi repetidamente adiado, dizem autoridades do governo e especialistas em comércio. O atraso, dizem eles, reflete as fortes divisões dentro de seu governo sobre as tarifas da China.

De um lado, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, chamou as tarifas de um empecilho para a economia, dizendo que o governo está procurando maneiras de reconfigurá-las para ajudar a conter a inflação.

Do outro lado estão a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, e o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, que veem as tarifas como uma valiosa ferramenta para obter concessões da China. Esses céticos querem um corte de tarifas combinado com outra medida projetada para manter a pressão sobre Pequim para mudar as práticas que os EUA dizem colocar empresas e trabalhadores americanos em desvantagem.