PT defende adiamento de eleição à presidência do BID
"Nós não adiantamos (nenhum nome de candidato), mas eu acharia de bom tom eles adiarem. Nós temos um governo que foi eleito agora. Não tem por que não esperar a posse do governo para poder fazer a indicação", comentou Gleisi, ao ser questionada sobre o assunto.
Reportagem da emissora CNN mostrou que o ex-ministro Guido Mantega, que passou a compor o governo de transição de Lula, enviou uma carta a representantes dos governos americano, chileno e colombiano pedindo para adiar a eleição para a presidência do BID.
O Brasil foi o primeiro a apresentar um candidato oficial à corrida pela liderança do BID. Há cerca de duas semanas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pela indicação, oficializou o nome do então diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Hemisfério Ocidental, Ilan Goldfajn.
O prazo para a apresentação de candidatos terminou ontem às 23h59 pelo horário de Washington DC, ou seja, 1h59 deste sábado no Brasil. Ainda pelo calendário, a sabatina dos indicados está prevista para amanhã.
O BID já adiantou que o regulamento da instituição não prevê o adiamento das eleições. "O Banco Interamericano de Desenvolvimento informa que o regulamento não prevê adiamento do processo. Além disso, reiteramos que qualquer questão relativa à eleição deverá ser abordada pela Assembleia de Governadores do banco", disse a instituição, em nota ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
No entanto, o regulamento do BID estabelece um quórum mínimo para que o nome de um candidato seja aprovado. Ou seja, caso os países membros abdiquem de votar ou não cheguem a um consenso, o pleito poderia ser adiado.
Executivos ouvidas pelo Estadão/Broadcast consideram essa possibilidade como "pouco provável". Depois do desgaste com a última gestão - Mauricio Claver-Carone foi demitido da presidência da instituição após um escândalo ético -, a preferência dos países membros é por resolver logo o assunto.
Quórum
Para ser eleito, o candidato precisa obter a maioria dos votos e ainda o apoio de 15 dos 28 países da região. O Brasil detém 11,3% do poder de veto, igual ao da Argentina. O maior peso, porém, está com os EUA, que possuem 30%. Por isso, seu apoio é disputado pelos membros. A gestão de Joe Biden já afirmou que vai manter a tradição e não tem interesse em indicar um candidato.
Até o momento, Brasil, Chile e México já apresentaram seus indicados para disputar a presidência do BID. Argentina e Equador também consideram apresentar nomes.
Ao justificar a escolha do nome de Ilan, Guedes afirmou que o candidato conciliava "ampla e bem-sucedida experiência profissional no setor público, em organismos multilaterais e no setor privado, além de sólida formação acadêmica, que o qualificam para o exercício do cargo de presidente da instituição". Ilan, de 56 anos, foi presidente do BC durante o governo Temer, entre 2016 e 2019, e chefiou ainda o departamento de economia do Itaú, maior banco da América Latina.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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