Taesa vence disputa por lote 5 em leilão ao oferecer lance com deságio de 34,21%
O grupo ofereceu uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 152.231 milhões para assumir o lote, o que corresponde a um deságio de 34,21% em relação ao valor máximo estabelecido no edital de R$ 231,399 milhões. Pelas regras do leilão, vence o empreendedor que oferecer a menor RAP para construir e operar os empreendimentos de transmissão.
Também apresentaram lances pelo lote 5 outras quatro empresas e consórcios: Engie (deságio de 30,2%); EDP (-21%); Eletrobras CGT Eletrosul (-14,05%); Consórcio Verde, da Cymi, (-30,65%) e Consórcio Olympus, de Alupar, (-7,52%)
O lote 5 é o maior projeto ofertado no leilão desta sexta, em volume de investimento estimado, que alcança R$ 1,175 bilhão, incluindo R$ 885,9 milhões em indenizações a serem pagas à Enel Cien, atual concessionária responsável pelas instalações de Garabi I e II (de 2.200 MW), já existentes, e por linhas de transmissão de 500 kV que somam 743 quilômetros de extensão.
O objetivo com a nova concessão é dar continuidade à prestação do serviço público de transmissão pela vida útil remanescente dos ativos e realizar a revitalização dos sistemas de controle e de teleproteção das conversoras, que são responsáveis pela interligação internacional do sistema elétrico nacional com a Argentina. O prazo para a execução das obras previstas é de 60 meses, com isso a entrada em operação dessa revitalização é 30 de março de 2028.
O novo concessionário assumirá a responsabilidade pelo serviço prestado e pelas instalações a partir da assinatura do Contrato de Concessão, prevista para 30 de março, e terá o prazo de transição de até 12 meses para realizar todos os trâmites relacionados à transferência dos ativos.
O leilão de transmissão está ofertando ao mercado seis lotes de concessões com um total de 710 km de linhas de transmissão e subestações com 3.650 MVA em capacidade de transformação, além da manutenção da prestação do serviço público de transmissão de 743 km de linhas de transmissão e 2,2 mil MW em subestações conversoras, localizados em 9 Estados: Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rondônia e São Paulo. Os investimentos são estimados em cerca de R$ 3,5 bilhões.
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