Anfavea prevê crescimento de 2,2% da produção de veículos em 2023
Apesar da perspectiva de melhora no fornecimento de peças, o maior gargalo das montadoras nos últimos dois anos, a direção da Anfavea manifestou preocupação com a alta dos juros e seu impacto sobre a demanda por automóveis.
"Precisamos trabalhar para o aquecimento da demanda, e crédito é fundamental", comentou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, ao apresentar à imprensa os prognósticos da associação para este ano.
Em números que englobam todas as categorias - carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus -, a expectativa de produção se baseia na perspectiva de aumento de 3% das vendas de veículos, com efeito amenizado pelo recuo de 2,9% das exportações. O pessimismo em relação aos embarques se deve à menor força do mercado argentino, principal destino dos automóveis exportados pelo Brasil.
Se os prognósticos da Anfavea forem confirmados, a indústria automotiva terminará o ano com 2,42 milhões de veículos montados, ainda bem atrás dos mais de 2,9 milhões de 2019. Ou seja, a indústria levará mais tempo para retomar o padrão de antes da pandemia e da consequente desorganização das cadeias de produção.
Para as vendas, a previsão é de 2,17 milhões de unidades licenciadas em 2023, 64 mil unidades acima de 2022, porque a Anfavea não acredita que o primeiro trimestre será tão ruim quanto o do ano passado. Já em relação às exportações, a Anfavea prevê 467 mil veículos embarcados ao exterior, um decréscimo de 14 mil unidades em relação aos 481 mil veículos exportados em 2022.
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