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Haddad: Lançamento de programa para negociar dívidas vai ficar para depois

Ministro da Economia, Fernando Haddad, durante a cerimônia de posse da nova ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, no Palácio do Planalto, em Brasília. - 9.jan.2023 - Adriano Machado/Reuters
Ministro da Economia, Fernando Haddad, durante a cerimônia de posse da nova ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, no Palácio do Planalto, em Brasília. Imagem: 9.jan.2023 - Adriano Machado/Reuters

Thais Barcellos

Em Brasília

12/01/2023 14h06Atualizada em 12/01/2023 14h41

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as medidas a serem anunciadas nesta quinta-feira, 12, serão fiscais. Com isso, o lançamento do programa de renegociação de dívidas Desenrola, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve ficar para depois de sua viagem para o Fórum Econômico de Davos, que ocorre na semana que vem. Haddad viaja no domingo para a Suíça.

As declarações foram dadas na saída do Ministério da Fazenda, após reunião com a presidente indicada do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e o diretor de Contadoria e Controladoria da Caixa, Marcos Rosa.

Segundo fontes, as medidas desta quinta terão o mote de recuperação fiscal e devem ter impacto de cerca de R$ 160 bilhões.

A principal medida deve ser a retomada do voto de qualidade do Comitê Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o que dá a possibilidade de a Fazenda desempatar as votações.

Conforme mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na quarta, o pacote de medidas deve incluir também a revogação da redução do PIS/Cofins cobrado sobre receitas financeiras de grandes empresas.

Após reunião prevista com o presidente Lula pela manhã, Haddad deve anunciar a partir das 14h30 as primeiras medidas econômicas do governo na sede do Executivo e, em seguida, às 16 horas, concede entrevista à imprensa sobre o assunto.