BNDES dá posse a quatro dos oito diretores indicados por Mercadante
Quatro dos oito novos membros da diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já indicados pelo futuro presidente, Aloizio Mercadante, já tomaram posse, informou nesta sexta-feira, 13, a instituição de fomento.
Os nomes do ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, além de Alexandre Abreu, José Luis Gordon e Luiz Navarro, foram aprovados pelo Conselho de Administração do banco na quinta-feira, 12. Os quatro foram empossados na diretoria nesta sexta-feira.
A maior parte dos nomes da futura diretoria foi anunciada dias antes do Natal, após Mercadante participar de um encontro com empresários em São Paulo. Um oitavo nome, da funcionária de carreira Helena Tenório, foi anunciado na quarta-feira, 11, à noite.
Como o estatuto do BNDES prevê nove membros na diretoria, além do presidente, Mercadante ainda terá mais um nome a indicar.
Ao informar a nomeação dos quatro novos diretores, o BNDES detalhou as áreas que cada um administrará. Na estrutura organizacional do banco, as diretorias não têm função previamente determinada.
Conforme cada gestão, a diretoria supervisiona determinado conjunto de áreas, operacionais ou de apoio à atividade - as áreas são comandadas por superintendentes, cargo imediatamente abaixo dos diretores, na hierarquia.
Barbosa será diretor de Planejamento, supervisionando as áreas "de Planejamento Estratégico, de Saneamento, Transporte e Logística e de Energia", ou seja, cuidará também das operações de financiamento a projetos de infraestrutura.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), no Diário Oficial de União (DOU) de quinta-feira, 12, foi revelado que Barbosa seria "diretor de Crédito à Infraestrutura", segundo o ato de liberação do ex-ministro publicado pela Universidade de Brasília (UnB), da qual é professor.
Segundo a nota divulgada nesta sexta pelo BNDES, Barbosa também "assume, interinamente a DIR5 (responsável pelas áreas de Governo e Relacionamento Institucional, Parcerias em Infraestrutura Social e Serviços Ambientais e de Parcerias em Infraestrutura Econômica e Desinvestimento)".
Já Alexandre Abreu, ex-CEO do banco Original, que também presidiu o Banco do Brasil (BB) entre 2015 e 2016, será o diretor de Finanças e Crédito Digital para MPMEs, liderando as áreas "Financeira, de Controladoria e de Operações e Canais Digitais".
O executivo também assumirá a presidência interinamente, enquanto a nomeação de Mercadante não é confirmada. Também interinamente, Abreu administrará "a DIR1 (que responder pelas áreas de Tecnologia da Informação e de Suporte ao Negócio) e a DIR4 (Área de Mercado de Capitais, Participações e Reestruturação de Empresas)".
O economista José Luis Gordon, que era presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), será o diretor de Desenvolvimento Produtivo e Inovação. Responderá, assim, pelo crédito à indústria, supervisionando as áreas de "Gestão Pública e Socioambiental e de Indústria, Serviços e Comércio Exterior".
Luiz Navarro, que foi ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) entre março e maio de 2016, será diretor de Compliance e Riscos, como já estava informado na portaria, publicada no DOU de quinta-feira, 12, que aprovou sua cessão pelo Senado Federal, do qual é consultor legislativo de carreira. Conforme a nota divulgada pelo BNDES, o futuro diretor "será responsável pelas áreas de Integridade e Compliance e de Gestão de Riscos".
Os outros diretores já indicados são, além de Helena Tenório, Natalia Dias, que é CEO do Standard Bank Brasil; Luciana Costa, presidente no Brasil do banco francês de investimentos Natixis; e a ex-ministra Tereza Campello.
Na última segunda-feira, 9, um despacho do Tribunal de Contas da União (TCU) deu aval à nomeação de Mercadante, diante de incertezas sobre eventual vedação pela Lei das Estatais, mas ainda não há definição sobre quando e onde (se na sede do banco, no Rio, ou em Brasília) será a cerimônia de posse. A assessoria de Mercadante já informou que ele se mudará para o Rio, para trabalhar, prioritariamente, na sede da instituição.
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