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Ordem de Lula é para que nenhum brasileiro fique fora do Orçamento, diz Tebet

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra do Planejamento Simone Tebet - REUTERS
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra do Planejamento Simone Tebet Imagem: REUTERS

Francisco Carlos de Assis

Em São Paulo

13/02/2023 13h54Atualizada em 13/02/2023 15h41

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse hoje que por falta de comando no governo de Jair Bolsonaro, o Congresso se apossou do Orçamento Público e passou a aprovar projetos à revelia do Executivo.

Agora, de acordo com Tebet, a partir da eleição de outubro, o Brasil passou a ter comando e que a primeira missão dada a ela pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é para que nenhum brasileiro fique fora do Orçamento.

"O foco especial é nos pobres, que têm que constar no Orçamento, nas palavras do presidente. Mas eu acrescento que a primeira infância tem que constar no Orçamento", disse a ministra durante o evento "Plano de Voo 2023" da Amcham Brasil.

Para Tebet, todos os brasileiros têm que estar no Orçamento, "mas na proporcionalidade de suas necessidades" e não no processo inverso que se tem hoje no Brasil, que tem políticas públicas ineficientes.

"Nós temos recursos gastos que atendem a uma minoria enquanto a maioria da população brasileira se encontra desagasalhada, se encontra dentro do que a gente chama de mapa da fome, desalojada e morando em barracas de lona nos grandes centros das cidades", criticou a ministra.

Nessa missão, disse Tebet, este será o ano do PPA (Plano Plurianual) que vai conduzir os destinos do Brasil pelos próximos quatro anos.

"Nossa tarefa no ministério é dar arquitetura ao plano de voo. Normalmente a engenharia se dá à posteriori, a arquitetura se dá com o Plano Plurianual e ele vai deixar de fazer de conta como sempre foi feito no passado", comentou.

A ministra disse querer que o PPA seja participativo, onde todos serão ouvidos. "Não queremos que o PPA seja apenas uma carta de intenção para ser deixada nos gabinetes, nas gavetas dos ministérios. Esse é o trabalho que vamos fazer para que o Brasil possa decolar e para que todos os ministérios estejam envolvidos".

Falta de recursos do setor público para tocar investimentos sozinho

Simone Tebet falou ainda nesta segunda-feira da importância da atuação do setor privado no papel da sua pasta de organizar o Orçamento Público Federal.

"Reconheço que o Brasil não tem orçamento suficiente para prestar os serviços públicos de qualidade para a população brasileira. Tem que fazer isso junto com a iniciativa privada, dando suporte e condições para que a iniciativa privada possa fazer o seu dever de casa. Não podemos nos esquecer da Casa Civil na remodelagem das PPIs Parcerias Públicas Privadas que são tão importantes", disse a ministra.

Reinício do Ministério após extinção

A ministra do Planejamento e Orçamento disse ainda que está reiniciando a pasta depois de quatro anos da sua extinção, "o que significa que estamos tendo que trocar as rodas com o carro em movimento".

Tebet usou o tema do evento para dizer que o Ministério do Planejamento é dentro do governo a pasta responsável por planejar o plano de voo dos demais ministérios do governo federal. "O Planejamento é pautado pelos demais ministérios.

Na verdade, é uma convergência de esforços para que possamos o Brasil dos nossos sonhos", disse a ministra.

De acordo com Tebet, a função do seu ministério é evitar turbulências e evitar desperdícios de

recursos públicos e propiciar segurança jurídica dentro do ambiente público e privado para que se construa previsibilidade e estabilidade.

Tebet disse não ser fácil essa missão, mas que quando ela se dá em um campo de cooperação entre os ministérios, se torna muito mais fácil.