Termina a 3ª parte da reunião de análise de conjuntura do Copom
Os 44 analistas de mercado ouvidos pelo Projeções Broadcast na última semana preveem de forma unânime manutenção da taxa Selic em 13,75% nesta reunião pela sexta vez seguida. Apesar da pressão do governo pela redução dos juros, a autoridade monetária continua indicando que as condições para a queda dos juros ainda não estão postas e que é preciso ver uma queda mais consistente da inflação e das expectativas de inflação.
A partir deste Copom, o BC deve mirar somente o ano de 2024 em sua estratégia de convergência da inflação à meta. A deterioração de expectativas para esse horizonte e para prazos mais longos foi estancada nas últimas semanas, mas as projeções já superam bastante as metas estabelecidas. O BC já descumpriu seu mandato de controle de preços em 2021 e 2022 e vai pelo mesmo caminho para 2023, conforme a estimativa mediana do Boletim Focus.
Segundo a pesquisa do Projeções Broadcast, a maioria das instituições consultadas (74%) prevê início dos ciclo de cortes da Selic ainda em 2023. Seis de 42 casas (14%) projetam redução da taxa no segundo trimestre deste ano, 19 (45%) no terceiro e seis (14%) no quarto. Outras onze instituições esperam cortes só em 2024: nove (21%) no primeiro trimestre do ano e seis no segundo (6%). No Boletim Focus, a expectativa mediana é de início de cortes em setembro, com a taxa terminando 2023 em 12,50%.
O Copom deste mês ocorre com dois desfalques. A cadeira de Política Monetária está vazia desde a saída de Bruno Serra, no fim de março, e espera a indicação de um nome pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A diretora de Administração, Carolina Barros, também está ausente, mas devido à morte de um familiar.
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