Neurotech: Índice de demanda por crédito no Brasil cai 17% em abril, após alta de 25% em março
O diretor da Neurotech e responsável pelo INDC, Breno Costa, ressalta que a queda não é surpresa, dado que os números de março não animaram o mercado de crédito, na medida em que foram interpretados como uma oscilação pontual.
O executivo lembra que fevereiro é um mês mais curto e especificamente neste ano o carnaval reduziu ainda mais a quantidade de dias úteis, o que acabou por influenciar o resultado do indicador de março. "O crescimento de março era esperado, mesmo com o momento de crise do crédito. Em abril, a tendência de recuo ficou novamente evidente", afirma.
A retração do INDC em abril, na margem e no confronto interanual, foi puxada pelo varejo. Em relação a março de 2023, a procura por financiamento no setor varejista caiu 24%. Já em relação a abril de 2022, o recuo foi de 47%.
Na comparação mensal, ouve ainda declínio na busca por crédito em bancos (-19%) e no setor de serviços (-1,0%), segmentos que também cederam ante abril do ano passado: -29% e -3,0%, respectivamente.
A Neurotech ressalta que o INDC considera todas as consultas feitas no período, mesmo as que não resultaram de fato em financiamento, o que reforça a influência do atual cenário econômico, diz Costa.
Segundo o diretor da empresa, o desemprego continua em nível preocupante, os juros seguem restritivos e há contração da renda. Este cenário tem levado ao endividamento das famílias e, consequentemente, ao aumento da inadimplência. Tudo isso, afirma, reduz "consultas das pessoas à possibilidade de buscar financiamentos, levando à queda da demanda."
Aberturas
A procura por crédito no varejo ficou positiva apenas nas lojas de departamento, com alta de 13%, e de vestuário, que mostrou expansão de 8% em abril ante março. Do lado das variações negativas, houve declínio em supermercados (-38%), eletromóveis (-31%), outros (-17%), e móveis (-3%).
O ranking do INDC por segmento, na comparação interanual, registrou queda em quase todas as categorias: supermercados (-33%), outros (-30%), eletroeletrônicos (-28%), vestuário (-8%), e lojas de departamentos (-3%). Somente o setor de móveis apresentou alta, de 30%.
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