Haddad diz que tentará sensibilizar Senado sobre desoneração com alternativa para 2º semestre
"Já tem equipe trabalhando nisso internamente, queremos fazer esse debate com o Congresso, mas não é o momento agora por várias razões, sobretudo pela sinalização que está sendo dada, que é ruim, à luz de tudo o que vem acontecendo para o bem do País. Tanto no Congresso, que tem dado aval ao plano econômico, como no Judiciário", disse Haddad, que citou como boa notícia o acórdão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a tributação relativa a incentivos fiscais. "Empresas já estão procurando a PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional) para acertar suas contas, estamos desenhando um plano para as empresas poderem acertar suas contas com a Fazenda, mas sobretudo acertando o fluxo para os próximos anos, que para nós é até mais importante", disse o ministro.
Questionado se a aprovação pela CAE hoje da prorrogação da desoneração da folha representaria um revés aos planos da Fazenda, respondeu "mais ou menos", destacando que há "muito caminho pela frente", no sentido de travar a medida a tempo, uma vez que ainda haverá discussões no Congresso, no Executivo, e em torno a constitucionalidade do projeto. Haddad ainda reforçou sua visão crítica à proposta, destacando que o próprio Parlamento aprovou emenda constitucional segundo a qual esse tipo de medida "tinha data para acabar".
O ministro reafirmou que quer tratar do tema na segunda etapa da reforma tributária, que é "extensa", e que sua equipe trabalha numa proposta alternativa. "Estamos procurando ser respeitosos com o Congresso. Estou pedindo a confiança de que, depois da reforma tributária, vamos entrar em segunda fase que outros tributos não tratados (na primeira etapa) serão redesenhados (...) Os benefícios previstos têm vigência até fim do ano, não consigo entender a pressa", disse.
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