Lula tem pressa em fechar acordo Mercosul-UE, mas diz que exigências europeias impedem
Na França, diante do presidente Emmanuel Macron e do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, Lula voltou a externar a posição que o governo brasileiro adotou em maio, de rejeitar a carta adicional por meio da qual os europeus apresentaram condicionantes à assinatura e posterior ratificação do acordo.
O presidente do Brasil também pretende discutir as resistências do agro francês com Macron, em almoço de trabalho no Palácio Eliseu. O líder francês sofre pressão interna e o parlamento da França aprovou moção de veto ao acordo.
Segundo o governo brasileiro, essa carta (side letter, no jargão diplomático) torna obrigatórias metas que o Brasil instituiu voluntariamente no Acordo de Paris - e ainda prevê punições em caso de descumprimento.
O texto está alinhado com a nova lei antidesmatamento adotada nos 27 países - determina o banimento de produtos que tenham sido produzidos em área desmatada de 2021 em diante. Lula já havia dito que essa lei tornava o acordo desequilibrado. Ele já havia reclamado da desconfiança diretamente à presidente do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen.
O Brasil ainda articula com os sócios do Mercosul uma resposta conjunta, mas já rechaçou adotar a proposta da UE. Desde a apresentação dos termos europeus, o acordo emperrou e se acirraram as divergências de lado a lado.
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