Queda em SP exerce maior influência negativa sobre indústria nacional ante agosto, diz IBGE

A queda de 1,1% em setembro ante agosto na produção industrial de São Paulo, maior parque fabril do País, eliminou parte do avanço de 2,8% registrado no mês anterior. Como resultado, São Paulo passou a operar 1,6% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na média nacional, a produção industrial cresceu apenas 0,1% na passagem de agosto para setembro, com avanços em somente cinco dos 15 locais pesquisados.

O parque fabril de São Paulo, que detém aproximadamente 33% da indústria nacional, deu a principal influência negativa na média global da produção brasileira no mês. A menor produção da indústria paulista em setembro foi puxada por perdas nos setores de alimentos e de veículos automotores.

"Vale salientar que esse comportamento da indústria paulista representa uma queda de ritmo gradual e conseguimos ver esse comportamento refletido também na indústria nacional", justificou o analista Bernardo Almeida, responsável pela pesquisa do IBGE, em nota oficial.

Segundo Almeida, permanece a leitura "de um comportamento gradual e moderado da indústria", com arrefecimento na produção "ocasionado por fatores como os juros elevados".

Ele lembra que os juros altos encarecem e restringem concessões de crédito, postergando decisões de investimentos por parte dos produtores e aumentando a cautela entre as famílias, que reduzem consumo.

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