Ouro avança, com dólar enfraquecido, dados mais fracos dos EUA e pregão encurtado

O contrato futuro mais líquido do ouro fechou a sexta-feira, 24, em alta, voltando a operar acima da marca de US$ 2 mil por onça-troy após oscilar por esse valor nesta semana, favorecido pela fraqueza do dólar e na esperança de que dados mais fracos dos Estados Unidos levem o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a decidir que o ciclo de alta de juros terminou.

Ainda, as operações eram limitadas pelo pregão encurtado devido ao feriado nos Estados Unidos de Ação de Graças.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,51%, a US$ 2.003,00 por onça-troy. Na semana, o metal acumulou ganho de 0,94%.

Na visão de Craig Erlam, da Oanda, o ouro continua flertando com os US$ 2 mil por onça-troy, apesar de repetidamente não conseguir romper e se manter acima dessa zona de resistência. "Vimos isso em diversas ocasiões no final de outubro e novamente no início desta semana, impulsionados nesta ocasião do Fed menos agressivo e por relatórios favoráveis sobre a inflação e emprego vindos dos EUA."

O Commerzbank também destaca que a recuperação do ouro foi motivada pela esperança de que o Fed não deverá mais aumentar seus juros, após dados mais fracos. "Entretanto, o potencial de valorização do ouro parece limitado: os nossos economistas apenas esperam que o primeiro corte nas taxas seja implementado em meados do próximo ano, pelo que só então o preço de uma onça troy de ouro poderá subir de forma duradoura acima dos US$ 2 mil."

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