Plano de recuperação da Oi fornece liquidez à companhia até alienação de ativos, diz diretor

O plano atualizado de recuperação judicial apresentado nesta quinta-feira, 18, pela Oi à assembleia geral de credores preserva os pontos essenciais do plano original e fornece liquidez à companhia até a alienação de ativos, de acordo com Thales Paixão, diretor jurídico da tele. "As condições do financiamento não foram alteradas de forma substancial", disse.

Foi reiterado que a liberação de novos financiamentos à Oi pode chegar a US$ 650 milhões, conforme já definido na versão anterior. Já o empréstimo-ponte subiu de US$ 125 milhões para US$ 135,8 milhões nesta nova versão.

A estrutura de garantias não mudou. Os financiamentos terão como garantia a participação que a Oi tem na V.Tal; o negócio de banda larga (chamado Oi Fibra, que será segregado para venda); 100% dos recursos líquidos que a Oi espera receber no seu processo de arbitragem contra a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em que pleiteia um total de R$ 60 bilhões; e um grupo selecionado de imóveis.

De acordo com Paixão, os credores que oferecerem liquidez estão habilitados à linha de pagamento de até R$ 6 bilhões em duas tranches: uma de R$ 4,5 bilhões com vencimento em dezembro de 2028 e outra de R$ 2,25 com vencimento na mesma data, mas também possibilidade de extensão do prazo pela companhia.

A Oi retomou às 14 horas desta quinta-feira a assembleia suspensa na quarta-feira, logo após a instalação, a pedido de credores.

Paixão destacou que a nova versão foi disponibilizada aos credores duas horas antes do início da assembleia e agradeceu aos credores pela disponibilidade para negociação. "Quero agradecer a todos os credores, realmente houve engajamento".

Após a apresentação do novo plano, a assembleia foi suspensa até as 16h30 para que os credores possam analisar o novo documento.

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