Bolsas de Nova York fecham em queda, após dados de PIB e PCE, e em meio a tombo da Meta
As bolsas de Nova York fecharam em queda hoje, à medida que os dados do primeiro trimestre da economia americana ligaram um alerta para uma desaceleração no crescimento econômico enquanto a inflação PCE acelerou no país, e também em meio à temporada de balanços corporativos.
O índice Dow Jones caiu 0,98%, aos 38.085,66 pontos. O S&P 500 recuou 0,46%, aos 5.048,43 pontos. O Nasdaq perdeu 0,64%, aos 15.611,76 pontos.
Ontem, a Meta publicou balanço com lucro líquido, receita e ganhos com publicidade acima da expectativa, mas mesmo assim a ação registrou tombo de 10,63%, visto que a companhia agora espera gastos maiores com inteligência artificial neste ano. A derrocada da gigante de tecnologia apagou mais de US$ 130 bilhões de seu valor de mercado, de acordo com o Companies Market Cap, e pesou sobre os índices de NY.
Louis Navellier, da gestora Navellier, afirma que o recuo da Meta é uma "ótima notícia" para as empresas de chips de IA, como Nvidia e Intel - esta que divulga seu balanço logo após o fechamento de hoje. Ele pontua que, como o software de IA da Meta ainda possa não apresentar bons lucros, hardwares de IA se consolidam como o melhor nicho de investimento no setor. Hoje, as ações da Nvidia avançaram 3,71%, e as da Intel ganharam 1,77%.
Os papéis da Microsoft recuaram 2,45%, em antecipação aos resultados de mais tarde, enquanto a Alphabet caía 1,90%. As ações da IBM também tombaram 8,04% hoje, depois do balanço do primeiro trimestre desagradar ontem, assim como os papéis da Caterpillar, que recuaram 6,95% na esteira de sua receita menor do que o esperado.
Os dados da inflação do PCE e do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre também pesaram sobre o apetite por risco hoje, depois do PIB desacelerar para abaixo da expectativa do mercado e preocupar com uma possível desaceleração do crescimento. O PCE, por sua vez, preocupou ao reacelerar. Com isso, a debandada de ativos de risco pesou sobre bolsas.
O conselheiro econômico da Allianz, Mohamed A. El-Erian, alerta que "esta combinação, crescimento mais fraco e inflação mais elevada, é problemática para a economia e os mercados, com repercussões políticas e sociais".
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