Bolsas de Nova York fecham mistas, após Fed não mudar panorama para primeiro corte
As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta quarta-feira, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmar que é improvável que a próxima mudança de juros pela autoridade seja um aumento. O quadro chegou a ser mais positivo, mas houve perda de fôlego na reta final. Investidores também monitoram a temporada de balanços, que nesta quarta repercutiu os ganhos de Amazon, Mastercard e AMD.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,23%, em 37.903,29 pontos, o S&P 500 recuou 0,34%, a 5.018,39 pontos, e o Nasdaq caiu 0,33%, a 15.605,48 pontos.
O Fed manteve os juros e destacou o progresso abaixo do esperado na redução da inflação durante o primeiro trimestre. Na coletiva de imprensa, Powell ressaltou que a autoridade vai manter os juros inalterados pelo tempo que for necessário - e parece que levará mais meses do que o imaginado. Mesmo assim, ele sinalizou que outro aumento de juros é improvável, ao destacar que o próximo movimento do BC americano dificilmente será uma alta.
Após a coletiva, a ferramenta do CME Group ainda via setembro como o mês em que acontecerá o primeiro corte - apesar de oscilações com novembro -, e a chance majoritária era para uma única redução, de 25 pontos-base, até o fim deste ano.
Pela manhã, as bolsas abriram sem direção única, prejudicadas pelo balanço da Advanced Micro Devices (AMD) na terça, que elevou o guidance a nível menor do que concorrentes e desagradou o mercado. Com isso, o setor de semicondutores todo teve desempenho abaixo da média nesta quarta, com queda das ações da Nvidia (-3,93%) e da Micron (-1,84%). No S&P 500, as ações de tecnologia foram a segunda maior queda nesta quarta, atrás apenas do recuo do setor de energia.
Nesta quarta, a queda de mais de 3% nos preços do petróleo conduziu um recuo nas ações de petrolíferas. Investidores também acompanharam a repercussão da notícia de que petrolíferas europeias querem passar a operar na bolsa de valores dos EUA, diante da pressão dos órgãos reguladores e dos investidores em seu continente natal para com combustíveis fósseis.
Em meio à temporada de balanços, os papéis da Mastercard caíram 1,99%, mesmo após ela ter superado a previsão para lucro líquido e receita, e os da Amazon subiram 2,21%, em meio à receita recorde da companhia.
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