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Warren Buffett não supera índice da Bolsa dos EUA pela 1ª vez em 48 anos

08/01/2014 08h53

SÃO PAULO - O  investidor bilionário Warren Buffett, após muitos --e reconhecidos-- acertos, provavelmente "errou o alvo" pela primeira vez em 48 anos. A sua companhia, a Berkshire Hathaway, deve informar em seu próximo relatório trimestral que não conseguiu aumentar o seu patrimônio líquido mais rapidamente do que o índice S&P500, da Bolsa dos EUA. nos últimos cinco anos, de acordo com a agência de notícias Bloomberg.

Seria a primeira vez que o investidor ficou aquém da meta desde que assumiu a empresa.

O S&P500 subiu 128% desde o final de 2008, alimentado por esforços de estímulos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e os lucros mais elevados de empresas --uma meta difícil de ser batida. O fundo de ações controladas pela Berkshire subiu 80% no mesmo período. 

Buffett utiliza o desempenho dos últimos cinco anos do S&P500 em comparação a Berkshire Hathaway para justificar o "bom trabalho" do fundo ao apostar no mercado de ações por empresas.

Porém, o índice norte-americano superou os retornos da empresa de Buffett ao ter um rendimento de dois dígitos todos os anos desde 2008, exceto em 2011, quando a crise da dívida da Europa ofuscou o otimismo com a recuperação norte-americana. 

A notícia não é nenhuma surpresa para o investidor apelidado de "Oráculo de Omaha", uma vez que, em carta assinada pelo vice-presidente da empresa, Charlie Munger, em março do ano passado, reconheceu que se o "mercado continuasse subindo em 2013, a série de vitórias estaria próxima ao fim".

Por outro lado, Munger afirmou estar orgulhoso de que, "até aquela data, nunca houve um período de maus resultados, tendo conseguido superar o S&P500 43 vezes". Assim, embora não bata a sua meta, Buffett continua sendo um "tubarão das finanças", uma vez que a  Berkshire Hathaway tem um retorno anualizado de 20% desde que ele assumiu a exploração.

Entre as empresas que a Berkshire teve investimentos estão Coca Cola, Wells Fargo, American Express e Heinz.

A maior preocupação é quem será o sucessor do grande investidor na companhia.