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Produtos agropecuários favorecem saldo positivo da balança comercial

05/04/2016 09h20

SÃO PAULO - No primeiro trimestre de 2016, os 10 principais produtos exportados renderam ao Brasil US$ 17,4 bilhões, 42,8% do valor total. Dentre esses, oito são do agronegócio. Juntos, esses itens tiveram vendas externas de US$ 13,4 bilhões e participação de 33,1% nas exportações totais brasileiras. Com isso, a balança comercial do primeiro trimestre contou com a contribuição dos produtos agropecuários, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), mostram que, no primeiro trimestre deste ano, o Brasil obteve superávit de US$ 8,4 bilhões na balança comercial, aumento de US$ 13,9 bilhões em relação ao déficit apresentado no mesmo período do ano passado.

No período, os destaques do agronegócio nas exportações foram: soja em grão, com US$ 3,8 bilhões (crescimento de 46,1%), aparecendo como o principal produto nos embarques totais do Brasil; milho em grão, que teve receita de US$ 2,0 bilhões (crescimento de 110,7%), sendo 3º colocado na pauta; celulose, com vendas de US$ 1,5 bilhão ( crescimento de 13,4%) em 5º lugar na lista, e carne bovina, com US$ 1,1 bilhão ( crescimento de 11,4%) na 10ª posição. Para esses produtos, houve crescimento no valor exportado na comparação com o primeiro trimestre de 2015.

A expectativa do mercado para 2016 é a continuidade de um Real desvalorizado em relação ao dólar, o que contribui para a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

O aquecimento das exportações de carne bovina no primeiro trimestre de 2016 está relacionado à elevação dos preços da proteína no mercado doméstico, que diminui a demanda interna pelo produto e ao fator câmbio, incentivando as exportações. No ano, o indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa - estado de São Paulo - subiu 5,8%, encerrando o mês de março em US$ 43,8 por arroba.

Ainda de acordo com a CNA, a abertura de novos mercados, como China, Arábia Saudita e Irã – para carne bovina brasileira in natura, ocorrida em 2015, também estimularam as vendas externas do produto.