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Marcopolo, Maxion e Randon têm rumos distintos à espera de acordo Brasil-Argentina

06/09/2019 12h03

Enquanto esperam a assinatura do acordo automotivo entre Brasil e Argentina, marcado para a tarde desta sexta-feira, as ações da Marcopolo, Iochpe-Maxion e Randon são negociadas com rumos distintos na bolsa paulista. Por volta das 14h20, os papéis da Iochpe-Maxion (SA:MYPK3) e os ordinários (SA:POMO3) da Marcopolo subiam, respectivamente, 1,02% a R$ 19,75 e 0,30% a R$ 3,38. Já as ações da Randon (SA:RAPT4) e as preferenciais da Marcopolo (SA:POMO4) estavam negativas, caindo, respectivamente, 0,11% a R$ 9,46 e 1,13% a R$ 3,49.

O Ministério da Economia informou que Brasil e Argentina assinam acordo comercial automotivo na sexta-feira, no Rio de Janeiro. O ministro Paulo Guedes, e o ministro de Produção e Trabalho da Argentina, Dante Sica, irão participar de coletiva de imprensa às 15h30 para falar do assunto, informou a pasta.

Ao participar de evento em Fortaleza na tarde de ontem, Guedes indicou que o Brasil propôs ao vizinho do Mercosul um acordo de livre comércio de automóveis em função da queda acentuada da compra desses bens pelos argentinos em meio à crise econômica no país.

"Já que caiu muito a compra deles (argentinos) de automóveis por causa da crise, nós falamos 'tudo bem, mas vamos fazer um livre comércio'", afirmou Guedes.

Em aviso de pauta distribuído mais cedo, o ministério falou na assinatura de um "contrato comercial automotivo". Mais tarde, a assessoria da pasta esclareceu tratar-se de um acordo automotivo.

Queda na produção

A indústria de veículos do Brasil teve queda de 7,3% na produção de agosto em relação ao mesmo período do ano anterior, mas acréscimo de 1,1% na comparação com julho, de acordo com dados da associação que representa montadoras instaladas no país, Anfavea

A produção de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no mês passado somou 269,8 mil unidades, novamente afetada pelo declínio nas exportações de veículos montados, de 12,8% na base mensal e de 34,6% na comparação anual.

No acumulado do ano, a produção totalizou 2,01 milhões de veículos, elevação de 2% sobre o mesmo período de 2018. De acordo com a entidade, o mercado interno em alta é o que vem mantendo positivos os números de produção, já que houve grande queda nas exportações (37,9% no acumulado do ano) em função da aguda crise na Argentina.

A Mirae Asset destaca que, como já era esperado, o setor teve um mês de agosto mais fraco, principalmente em vendas de veículos leves e queda nas exportações, impactado sobretudo pela crise na Argentina e consequentemente queda na produção.

A corretora espera uma retomada gradual da economia a partir do 4T19, que aliado a queda nas taxas de juros, deve impactar positivamente no setor automobilístico e consequentemente pode ir neutralizando as quedas nas exportações para a Argentina. Os analistas seguem recomendando a POMO4 (SA:POMO4), MYPK3 (SA:MYPK3) e RAPT4 (SA:RAPT4).