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Fique por dentro de 5 principais notícias do mercado nesta quinta-feira

12/09/2019 08h24

Os mercados subiam quando Donald Trump fez um gesto de boa vontade para a China no comércio, enquanto a Europa espera para ver se o Banco Central Europeu cortará as taxas de juros e reiniciará a flexibilização quantitativa. E a Opep recebe um aviso de que há um novo excesso de óleo à vista. Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na quinta-feira, 12 de setembro.

1. Trump adia aumento de tarifa na China como gesto de boa vontade

O presidente Donald Trump disse que adiaria o aumento planejado de 5 pontos percentuais nas tarifas no valor de US$ 250 bilhões em importações chinesas em duas semanas, como um gesto de boa vontade. Foi uma resposta à isenção tarifária, concedida pelo governo chinês ontem, sobre produtos americanos que tiveram alíquota elevada para 25% no ano passado, com exceção de commodities agrícolas.

Como resultado, a celebração da tomada de poder há 70 anos do Partido Comunista Chinês não será ofuscada pelo último episódio de uma guerra comercial que desacelerou a economia do país. Isso também significa que não haverá mais escalada da disputa no momento em que os negociadores comerciais dos EUA e da China se encontrarem no início de outubro.

Separadamente, a Bloomberg informou que a China também está considerando permitir a retomada das importações de produtos agrícolas dos EUA, incluindo soja e carne de porco, embora não haja confirmação disso de nenhum dos lados.

2. Draghi deve sair com todas as armas em punho

O Banco Central Europeu realizará uma reunião regular de política monetária e deve anunciar um pacote de medidas para apoiar uma economia da zona do euro que está se desacelerando sob o impacto da política comercial dos EUA, mas que ainda cresce a uma taxa anual de 1,2% no segundo trimestre.

Muitos analistas esperam que o banco abaixe sua taxa de depósito, atualmente em -0,4%, ainda mais para território negativo, e estenda seu compromisso atual de não aumentar as taxas até meados do próximo ano. Enquanto alguns esperam que também retome a flexibilização quantitativa, várias autoridades do BCE argumentaram contra isso nas últimas semanas. Também são esperadas medidas para amenizar o impacto de taxas negativas na rentabilidade dos bancos.

O BCE anunciará sua decisão sobre tarifas e orientações futuras às 8h45 (horário de Brasília), e o presidente cessante Mario Draghi poderá anunciar novas ações em sua conferência de imprensa às 9h30.

3. Ações devem abrir em alta

Os mercados de ações dos EUA estão prestes a abrir em alta, apoiados pelo do gesto de Trump em relação à China.

Às 7h, os futuros do Dow tinham indicação de alta de 64 pontos ou 0,2%, enquanto os futuros S&P 500 subiam 0,1% e os futuros do Nasdaq 100 subiam 0,3%.

O mercado de títulos se estabeleceu em um padrão de participação antes da reunião do BCE, já que a reunião em Frankfurt pode aumentar a pressão sobre o Federal Reserve para agir se o presidente que está saindo, Mario Draghi conseguir reduzir ainda mais o euro em sua conferência de imprensa.

Os dados semanais de pedidos de seguro desemprego e os números de inflação dos preços ao consumidor em agosto devem ser divulgados às 9h30.

As ações que provavelmente estarão em foco incluem a AB Inbev, que supostamente planeja reviver planos para uma abertura de capital de seus negócios asiáticos.

4. Os EUA pretendem proibir a maioria dos produtos vaporizantes

O presidente Trump disse que os EUA pretendem proibir a maioria dos produtos vaporizantes por questões de saúde pública, destacando sua popularidade entre adolescentes e adultos jovens.

A FDA, a Administração de Alimentos e Medicamentos americana, pretende proibir produtos vaporizantes com sabor de frutas, bem como mentol e cigarros eletrônicos de menta.

A medida poderia prejudicar severamente os mercados de rápido crescimento avaliados em US$ 9 bilhões este ano, um que a Big Tobacco considerou sua salvação devido ao declínio dos cigarros tradicionais. Também coloca outro grande ponto de interrogação sobre a discutida fusão da Altria (NYSE:MO) e da Philip Morris International (NYSE:PM), dada a importância do líder de mercado Juul Labs, em que a Altria tem uma participação de 35% nesse acordo. Atualmente, a participação da Juul é responsável por 16% do valor de mercado da Altria.

5. Opep+ não está mais perto de cortes mais profundos na produção, pois a AIE prevê um mercado "assustador"

Autoridades do chamado grupo de exportadores de petróleo da OPEP+ em Abu Dhabi apontaram um dedo para os membros que estavam produzindo em excesso, mas optaram por não recomendar mudanças no acordo atual sobre restrição de produção.

Rússia, Iraque e Nigéria superaram os limites acordados em agosto, e os membros da Opep produziram cerca de 240.000 barris por dia a mais do que as previsões do cartel dizem que o mundo precisa, um reflexo do enfraquecimento da demanda global.

Em outros lugares, a Agência Internacional de Energia alertou que o recente declínio nos estoques mundiais de petróleo era temporário e que o aumento da produção não-OPEP colocaria o mercado mundial em superávit até 2020, colocando nova pressão descendente nos preços e criando uma perspectiva "assustadora" para a OPEP.

Os contratos futuros de WTI caíam 0,6%, para US$ 55,44 por barril, às 6h, enquanto os futuros de Brent caíam 0,8%, para US$ 60,30 por barril.