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XP recomenda compra de Ecorodovias com preço-alvo a R$ 17; CCR é neutra

25/11/2019 11h40

A XP Investimentos informou na manhã desta segunda-feira, em relatório enviado a clientes, o início da cobertura do setor de rodovias, com recomendação de compra para as ações da Ecorodovias e neutra para CCR, com preço-alvo, respectivamente, de R$ 17,00 e R$ 18,80.

Com isso, por volta das 11 horas, os papéis da Ecorodovias registavam ganhos 1,58% a R$ 14,81, com CCR avançando 0,94% a R$ 17,23.

A preferência para o primeiro caso está baseada nos múltiplos relativamente mais atrativos, no maior duration (duração) do portfólio e no crescimento esperado superior nos indicadores financeiros no curto/médio prazo, refletindo a aceleração do tráfego aliada à maturação de ativos incorporados recentemente.

Apesar disso, os analistas ressaltam que o fato da maioria dos projetos da CCR já estar em um estágio maduro dá mais conforto de que a empresa continuará a apresentar geração de caixa saudável nos próximos anos.

A estimativa é deu um FCF Yield médio (geração de caixa em relação ao valor de mercado) nos próximos 5 anos de cerca 8%, o que se compara a cerca de 4% para a Ecorodovias. Em termos de Taxa Interna de Retorno, que é um dos principais múltiplos do setor, a XP vê a Ecorodovias negociando a ~8%, enquanto CCR negocia a ~7%, o que implica em leve prêmio para as taxas reais de juros de longo prazo.

O documento aponta que o viés positivo para o setor tem como base a crença de que o ambiente para empresas do segmento de infraestrutura no Brasil se tornou mais favorável, e que as empresas estão passando por um momento único tanto em termos de ambiente macroeconômico quanto de oportunidades de crescimento.

Entre os fatores favoráveis estão as taxas de juros nas mínimas históricas e com dados de tráfego apresentando crescimento sequencial e tendência de aceleração, levando a corretora a acreditar que o setor deverá continuar atrativo nos curto/médio prazo.

Além disso, os analistas apontam que tanto CCR como Ecorodovias estão bem posicionadas para participar dos próximos leilões. Os principais riscos que enxergam para as teses atualmente são, por ordem de relevância: as investigações relacionadas a irregularidades nas concessões, alocação de capital sub-ótima, mudanças regulatórias; e piora no cenário macroeconômico, seja via atividade mais fraca e/ou juros mais altos.