Dilma bate de novo nos juros dos bancos e pede 'padrão internacional'
A presidente Dilma Rousseff continuou a bater nos juros dos bancos nesta sexta-feira (13). Ela disse que o Brasil precisa colocar os juros e os spreads (lucros dos bancos com juros) no nível dos "padrões internacionais".
A presidente fez a declaração em encontro com representantes da indústria, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, um dia após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter criticado os bancos.
Nos últimos dias, o governo federal tem travado uma batalha para baixar os juros. Na última semana, sob determinação do governo, os bancos oficiais (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) derrubaram os juros para tentar influenciar o restante do mercado.
Na terça-feira (10), os bancos privados reclamaram das medidas. Eles fizeram uma reunião no Ministério da Fazenda, cobraram uma dívida de R$ 300 milhões da Receita Federal e pediram menos impostos para só depois cortarem os juros.
Na quinta-feira (12), Mantega, criticou os bancos, dizendo que eles ganham muito e têm margem para cortar os juros.
O Banco do Brasil anunciou no dia 4 um conjunto de medidas para reduzir as taxas de juros das principais linhas de crédito para pessoas físicas e micro e pequenas empresas.
Para financiamento de bens e serviços de consumo --por exemplo, eletrônicos, computador, materiais de construção e pacotes de viagem-- os juros médios serão reduzidos em 45%.
Já o financiamento de carros, com crédito pré-aprovado e sem tarifas embutidas, terá queda de pelo menos 19%, segundo o BB. O cliente poderá financiar a aquisição de um veículo com taxa de juros a partir de 0,99% ao mês.
O BB vai também aumentar em R$ 26,8 bilhões os limites de crédito para micro e pequenas empresas, e em R$ 16,3 bilhões os limites para pessoas físicas.
No dia 9 (segunda-feira passada), foi a vez de a Caixa Econômica anunciar um corte nos juros em uma série de linhas de financiamento, seguindo a decisão anunciada na semana passada pelo Banco do Brasil.
O juro do cheque especial foi cortado em até 67%, para 4,27% ao mês, enquanto as linhas de crédito rotativo de cartão de crédito foram cortadas em 40%, para 9,47%, e nos financiamentos consignados houve diminuição de 34%.
(Com informação da Reuters)
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