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Governo aumenta imposto de importação de cem produtos, incluindo batata e pneu

Do UOL, em São Paulo

04/09/2012 17h40Atualizada em 17/09/2012 07h51

O governo decidiu elevar o imposto de importação de cem produtos para incentivar a produção local. O anúncio foi feito no fim da tarde desta terça-feira (4) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. 

O aumento inclui produtos siderúrgicos e petroquímicos, além de outros mais conhecidos do público em geral, como batatas, pneus, sola ou salto de sapato, e tijolos. A lista completa de produtos está disponível no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 

A decisão foi anunciada num momento em que a indústria nacional apresenta fraco desempenho, por conta da crise internacional. 

Antes de entrar em vigor, a medida precisa ser revista pelos demais membros do Mercosul. A medida tem validade de até 12 meses, prorrogáveis por igual período, até o final de 2014.  

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, negou que o governo esteja adotando protecionismo para beneficiar a indústria nacional. 

"O que nós estamos fazendo está absolutamente dentro das regras da OMC", completou Pimentel.  

As alíquotas do imposto de importação foram elevadas para em média 25%, ficando abaixo do teto de 35% estabelecido pela Organização Mundial de Comércio (OMC).

Medida deve incentivar indústria nacional

"Esperamos que com isso a indústria produza mais", disse o ministro da Fazenda.  

Mantega disse que o governo vai acompanhar a evolução dos preços dos produtos equivalentes nacionais e não aceitará qualquer aumento. 

"Os produtos serão monitorados pela Fazenda, de modo a verificar se haverá aumento de preços, não podem aumentar. Caso contrário, derrubaremos a alíquota imediatamente", disse Mantega.

Produção industrial sobe no mês, mas cai no ano

A produção industrial brasileira subiu 0,3% em julho na comparação com junho, registrando a segunda alta seguida na comparação mensal, segundo dados divulgados mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Porém, em relação a julho de 2011, a produção recuou 2,9%, a 11ª queda consecutiva nesse tipo de comparação.

Com isso, o índice acumulado para os primeiros sete meses do ano registrou redução de 3,7%, abaixo do observado no fechamento do primeiro semestre do ano (-3,8%).

(Com informações da Reuters)