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Produção de carros despenca em dezembro e fecha 2012 em queda de 2%

Do UOL, em São Paulo

07/01/2013 10h35Atualizada em 07/01/2013 12h00

A produção de veículos novos no Brasil caiu 14% em dezembro ante novembro, para 259.364 unidades, informou nesta segunda-feira (7) a associação que representa as montadoras, Anfavea. Na comparação com o mesmo mês de 2011, houve oscilação positiva de 0,1% na produção.

No acumulado de 2012, a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus novos pela indústria automotiva recuou 1,9%, para 3,342 milhões de unidades. O resultado --a primeira queda anual desde 2002-- ficou aquém do previsto pela Anfavea, de queda de 1,5% no ano.

 A produção de caminhões apenas desabou 40,5% em 2012, para 132.820 unidades, enquanto as vendas diminuíram 19,5%, a 139.147 unidades. 

As vendas de veículos novos no país em dezembro totalizaram 359.355 unidades, alta de 15,3% sobre novembro e expansão de 3,1% na comparação com um ano antes, segundo a Anfavea.

Em 2012, as vendas no mercado interno chegaram a 3,8 milhões de unidades, alta de 4,6% e novo recorde para o setor. Já as exportações de veículos em dezembro somaram US$ 1,1 bilhão, queda de 8,3% sobre novembro e 18,3% menores contra o último mês de 2011. Em 2012, as vendas externas chegaram a US$ 14,72 bilhões, queda de 9,3%. 

Ranking

As líderes do mercado automotivo nacional, a italiana Fiat e a alemã Volkswagen, encerraram 2012 crescendo mais que a média do mercado.

A Fiat registrou alta de 11% nos emplacamentos de automóveis e comerciais leves no ano passado, para 838,2 mil unidades. A Volkswagen, em seguida, teve expansão de 10% nas vendas nas mesmas categorias, com 773,4 mil unidades.

A General Motors e a Ford apresentaram alta de 2% e de 3% nas vendas em 2012, para 642,6 mil e 323,7 mil unidades, respectivamente.

Estímulos

Nos últimos meses, o governo tem adotado isenções fiscais e outras medidas para tentar estimular a economia brasileira em meio à crise global. Em dezembro, foi prorrogada a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido para veículos, móveis e eletrodomésticos.

No terceiro trimestre, a economia cresceu apenas 0,6%, metade da taxa esperada por analistas, o que levou a revisões para baixo nas projeções de crescimento em 2012 e 2013. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) agora espera contração de 0,6% do PIB industrial este ano, ante estimativa anterior de estabilidade.

Além das reduções de impostos, o governo também cortou a taxa básica de juros dez vezes consecutivas para a mínima recorde de 7,25% e interveio no mercado de câmbio para desvalorizar o real em relação ao dólar e estimular exportações.

(Com informações da Reuters)